Há no mercado diversos tipos de Terapia de Reposição Hormonal que tratam os desconfortos das mulheres que estão na fase da menopausa. A questão que coloca muitas delas em dúvida é a seguinte: Diante de tanta oferta, qual o melhor método para se adotar?

 

Segundo o ginecologista e diretor médico do Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana (Ceparh), Jorge Valente, a escolha do método de reposição hormonal vai depender de cada situação. “A via depende de cada paciente individualmente. O método e a dose hormonal necessária para cada paciente deve ser avaliada caso a caso ”.

 

Além de controlar os desagradáveis sintomas da menopausa, como ondas de calor, irritabilidade, insônia e ressecamento vaginal, o tratamento garante uma melhora considerável na qualidade de vida da mulher na menopausa.

 

“A reposição ajuda no aumenta da libido, melhora do sono, memória, disposição geral, evita a perda de índice de massa óssea e prevenção da osteoporose. Além disso, há também uma redução das taxas de Alzheimer, câncer de intestino e doenças cardiovasculares”, diz o especialista.

 

Entre as opções disponíveis estão os comprimidos (via oral), gel, implante, injetável e adesivo. “Sempre que possível os implantes hormonais são uma boa opção pois têm duração média de um ano e a dosagem é individual, realizada de acordo com as necessidades de cada pessoa”, diz Jorge Valente.

 

Os implantes subdérmicos ou implantes hormonais são cápsulas ou bastonetes de silicone semipermeáveis, medindo de 3 a 5 cm de comprimento por 2 milímetros de diâmetro. O procedimento – simples e indolor – é realizado através da colocação subdérmica em região glútea com anestesia local.

 

Esses tubos de silicone liberam lenta e continuamente na corrente sanguínea baixas doses de hormônios. “A tendência atual é usar hormônios biodênticos  em doses baixas e androgênios  nas mulheres. Antes a reposição era feita apenas com estrogênio e progesterona”, explica Valente.

 

Os hormônios biodênticos são substâncias hormonais que possuem exatamente a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos no corpo humano. Eles podem ser prescritos como cremes, pílulas, injeções ou supositórios.

 O médico lembra, no entanto, que embora sejam importantes para controlar os níveis hormonais no organismo, repondo o que falta no corpo, somente um médico está apto para receitá-los de maneira correta e na dose ideal.

  

Contraindicações – Os efeitos colaterais e contraindicações dependem da dose, da via de administração e da história prévia de cada paciente. “Por isso é tão importante que antes o médico avalie o histórico do paciente”, afirma Jorge Valente.

 Nas situações em que  a utilização dos hormônios é formalmente contraindicada ou a paciente não quer usar por motivo pessoal também é possível lançar mão de algumas alternativas como o consumo da soja, os fitoterápicos e as vitaminas.