Nos últimos anos, a nutrição tem sido alvo de crescente interesse por parte de dirigentes de futebol, cada vez mais consciente de seus benefícios. Assim, uma alimentação adequada, visa manter a saúde, preservar a composição corporal, favorecer as vias metabólicas associadas à atividade física; armazenamento de energia na forma de glicogênio; retardar a fadiga; promover hipertrofia muscular, quando necessário, e auxiliar na recuperação de lesões ou traumas eventualmente provocados pelos exercícios.

“No futebol, o esporte coletivo mais popular do Brasil, a preocupação deve ser em fornecer ao atleta o aporte energético e os nutrientes necessários para garantir o desempenho, assegurar o peso ideal, recuperá-lo o mais rapidamente de traumas e lesões eventualmente provocadas em treinos e jogos desgastantes, tendo sempre como objetivo final à saúde e performance do jogador”, afirma Karla Luz, nutricionista e palestrante.

Como ao longo do ano, os jogadores participam, ao mesmo tempo, de várias competições, o calendário é restrito a treinos e jogos desgastantes, devendo assim, não apenas, estarem aptos a suportar a demanda de energia durante os treinos, mas também estarem aptos a uma rápida recuperação para participarem das próximas partidas, o que é fundamental durante os torneios, quando os jogadores passam de 2 a 3 dias entre jogos, com pouco tempo de recuperação.

Em relação ao gasto energético, nessa modalidade esportiva, sabe-se que os jogadores de alto nível percorrem aproximadamente à distância de 11 km durante uma partida.

A fadiga no decorrer do exercício está associada à depleção das reservas de CHO (carboidrato), em particular do glicogênio muscular, que é utilizado em glicólise anaeróbia rapidamente durante exercícios de alta intensidade.

Os ergogênicos nutricionais servem principalmente para aumentar o tecido muscular, a oferta de energia para o músculo e a taxa de produção de energia no músculo.

Os nutrientes estão envolvidos com os processos geradores de energia por meio de três funções básicas:

(a) alguns deles são utilizados como fonte de energia;
(b) alguns regulam os processos através dos quais a energia é produzida no corpo; e
(c) alguns promovem o crescimento e desenvolvimento dos tecidos corporais.

Uma alimentação adequada é fundamental para que consigamos atingir a performance esportiva ótima. Se sua alimentação é deficiente em um determinado nutriente que é utilizado fundamentalmente para a produção de energia durante o exercício, sua performance será prejudicada. Ou seja, se sua dieta for equilibrada, sendo composta por alimentos variados, você não estará sujeito a uma deficiência nutricional, que poderia vir a prejudicar a sua performance esportiva.

Os nutrientes podem ser agrupados em seis diferentes classes: carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais e água. Geralmente, o carboidrato é utilizado como fonte de energia. A gordura fornece energia e também faz parte da estrutura da maioria das células. A proteína desempenha uma série de papéis, sendo necessária para:

(a) formação, crescimento e desenvolvimentos de tecidos corporais;
(b) formação de enzimas que regulam a produção de energia; e
(c) geração de energia, principalmente quando os estoques de carboidratos estão baixos.

As vitaminas regulam os processos metabólicos trabalhando como enzimas. Muitos minerais também estão envolvidos com a regulação do metabolismo, mas alguns também contribuem com a formação da estrutura do nosso corpo como um todo (ex.: o cálcio atua como constituinte do tecido ósseo).

Finalmente, a água compõe a maior parte do nosso peso corporal e ajuda a regular uma variedade de processos metabólicos.

Todos os nutrientes estão envolvidos com a produção de energia de uma maneira ou de outra, porém alguns nutrientes específicos são especialmente importantes para atletas, cujas taxas de produção de energia podem aumentar significativamente durante o exercício.

De acordo com o Ministério da Saúde, em Portaria de no 32, publicada no Diário Oficial em 1998, suplementos são somente vitaminas e/ou minerais isolados ou combinados entre si, desde que não ultrapassem 100% da IDR (Ingestão Diária Recomendada) . Acima dessas dosagens são considerados como medicamentos, podendo ser de venda livre quando não ultrapassam em até 100% a IDR e vendidos somente com prescrição médica quando apresentam valores acima desses limites.

Para Weliton Nascimento, presidente da Arezza, gestora do Colo Colo, é importante o apoio e acompanhamento de uma nutricionista na casa do atleta. “No futebol, o esporte coletivo mais popular do Brasil, a preocupação deve ser em fornecer ao atleta o aporte energético e os nutrientes necessários para garantir o desempenho, assegurar o peso ideal, recuperá-lo o mais rapidamente de traumas e lesões eventualmente provocadas em treinos e jogos desgastantes, tendo sempre como objetivo final à saúde e performance do jogador” afirmou.

A palestra acontece hoje, 23/02,  logo mais às 14:30 horas no estádio Mário Pessoal.

Fonte: www.jornaldoradialista.com.br