O vice-presidente da Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual José de Arimateia (PRB), promoveu uma Audiência Pública para discutir a construção da Rede Acidente Vascular Cerebral (AVC) na Bahia. A cerimônia aconteceu na manhã, desta terça-feira (26), no Parlamento Baiano, e reuniu profissionais de diversas especialidades, representantes da Sociedade Civil, entidades de classe, representantes do Ministério da Saúde, dentre outras autoridades.

Segundo o parlamentar, o tema foi proposto porque o AVC é apontado pelo Ministério da Saúde como uma das principais causas de morte no país, e também para provocar o debate sobre a importância da construção da Rede Acidente Vascular Cerebral no Estado. “A Organização Mundial de Saúde mostra que em 2015 cerca de 100 mil pessoas serão vitimas fatais da doença no Brasil, e seis mil na Bahia. Preocupado, sugeri ao Colegiado a realização desta Audiência”, explicou Arimateia, ressaltando a relevância dos pacientes terem uma assistência direcionada no Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme explanou a médica neurologista e consultora técnica do Mistério da Saúde, Sheila Martins, a Rede é de extrema importância, especialmente aos pacientes com sequelas de AVC. “Mais de 80% dos casos de AVC são atendidos pela Rede Pública e disponibilizar esse tratamento se traduz em uma significativa redução de custo em outras áreas, pois com um Centro especializado de atendimento o paciente reabilitado pode retomar suas atividades”, disse, enfatizando que essa conquista trará a redução do índice de mortalidade.

Nessa perspectiva, o coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), da capital baiana, Ivan Paiva, afirmou que um aliado para a diminuição de óbito por AVC é o diagnóstico preciso. “Após os primeiros sintomas o atendimento deve ocorrer em no mínimo quatro horas. O Centro Especializado é fundamental na diminuição das mortes”, disse.

Como forma de alertar a comunidade baiana, o neurologista e coordenador da unidade de AVC do Hospital Roberto Santos, Pedro Antônio Pereira, pontuou os diversos fatores de risco: hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, colesterol alto, obesidade, vida sedentária e o alcoolismo. “Ao perceber que a boca está ficando torta, fraqueza em um dos lados do corpo e dificuldade para falar, o cidadão deve procurar a unidade de saúde mais próxima”, recomendou.