A CBF aprova a punição aos envolvidos em episódio de racismo na Inglaterra e dará todo o apoio institucional para que medidas como esta sejam adotadas no Brasil. Em fevereiro deste ano, quatro torcedores do Chelsea agiram de maneira racista no metrô de Paris, após partida da equipe inglesa contra o PSG, pela Liga dos Campeões. É exemplar a medida da Justiça Britânica, que proibiu os indivíduos de entrarem nos estádios de futebol pelos próximos anos.

O juiz Gareth Brantson disse, em sua sentença, que “o futebol ainda tem um problema com o racismo”. Também nos deparamos com essa realidade no Brasil, onde grupos de criminosos usam o esporte para a prática de violência física e moral. Este cenário deve ser enfrentado com a união de todos os órgãos.

Destacamos o empenho das autoridades que têm atuado para combater a violência, como a Polícia Militar do Rio de Janeiro, que agiu com inteligência e antecipação e deteve, em fevereiro deste ano, 120 torcedores antes do clássico Fluminense x Vasco, no Estádio Nílton Santos. A PM prendeu ainda um grupo de baderneiros que entrou em confronto antes de Botafogo x Flamengo, no Maracanã.

A Polícia Militar do Ceará também mostrou a importância do trabalho das forças de segurança pública e deteve 166 torcedores, sendo 124 adultos e 42 adolescentes, por entrarem em confronto em sete localidades da capital Fortaleza.

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, lembra que o jogo de futebol é um evento da família e ratifica que a festa deve ser promovida pelas pessoas de bem, não por criminosos que se escondem por trás das bandeiras de clubes tradicionais do nosso país.

Del Nero estabeleceu o combate à violência nos estádios como uma das prioridades de sua gestão e ressaltou que essa luta depende do esforço integrado das polícias, do Estado e da Justiça. Assim que assumiu a Presidência, Marco Polo se reuniu com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Esporte, George Hilton, colocando a estrutura da CBF à disposição dos órgãos responsáveis.

– Queremos incrementar a presença das famílias brasileiras nos estádios, como temos visto no Campeonato Brasileiro. O sucesso do horário das 11h, com milhares de famílias, mostra o quanto as pessoas de bem querem estar mais perto do futebol. Trabalhando em parceria, as instituições do nosso país têm competência para combater a violência dentro e fora dos estádios.