Já passa de 800 o número de animais castrados (cães e gatos) só este ano em Itabuna, pelo Centro de Controle de Zoonoses  (CCZ) da Secretaria de Saúde do município. O atendimento é realizado três vezes por semana, sendo que nas segundas e quintas feiras o procedimento cirúrgico é feito em animais machos e as terças-feiras são reservadas para o atendimento às fêmeas.

O coordenador e veterinário Waldemar D´Afonseca, diz que a procura pelo serviço é grande por parte dos criadores desses animais já que muitas famílias não conseguem arcar com os custos de uma castração, que custa em média R$1 mil, numa clinica particular. Já a consulta pode variar de R$100 a R$150, enquanto que no CCZ, o procedimento é gratuito.

Ele informa ainda que o município gasta por animal castrado, cerca de R$50 em material, a exemplo de seringas descartáveis, anestesia e medicamentos. O coordenador lamenta que o CCZ não consiga atender todas as pessoas que buscam os serviços diariamente, mas garante que está trabalhando para aumentar o número de procedimentos semanais.

Waldemar sugere, inclusive, que o proprietário de animais domésticos (cães e gatos) façam o cadastro no CCZ em qualquer dia da semana para agendar a castração de seus bichinhos de estimação. O agendamento era feito por telefone, mas segundo ele, ocorriam muitos trotes, o que prejudicava o atendimento.  O interessando pode se dirigir à sede da unidade, entre as 7 da manhã às 16 horas de segunda a sexta-feira.

Além do coordenador que também realiza o procedimento cirúrgico em cadelas e gatas, o centro ainda conta com dois veterinários para o atendimento aos animais machos. O anestesista, Calixto Santos, explicou que antes da cirurgia, é feito todo um procedimento pré operatório com triagem para garantir que o animal esteja saudável para que o procedimento seja efetivado.

O ativista  Romavian Viana, ressalta a importância do trabalho no Centro de Zoonoses, como um bem à população de baixa renda que não tem condições de assumir o custo financeiro com o cuidado médico veterinario. Ele contou, por exemplo, que recolhe animais soltos nas ruas e os leva para a castração no CCZ. “Vejo como  um trabalho social e de qualidade, que evita a superpolução de animais vadios soltos, garante a saúde da comunidade e ajuda as famílias a protegerem seus bichinhos.

Disse ainda que não poderia recolher animais nas ruas e assumir um compromisso financeiro grande, como o é o de uma castração, se não fosse o Centro de Zoonoses de Itabuna, “ que faz um bom trabalho e é gratuito”.