Desde 2015, o Colo Colo passa uma série crise fora dos gramados. Apesar de ter conquistado uma vaga na Série D, o clube de Ilhéus por pouco não manchou o nome do futebol baiano no cenário nacional.
O Tigre escalou jogadores irregulares e perdeu pontos na competição. Somado a isso, atletas sem receber salários ameaçaram não entrar em campo na última partida do Brasileirão.

Foi ai que o empresário Orlando da Hora foi chamado mais uma vez ao clube para tentar contornar a situação. O profissional passou a dialogar e viajar com os jogadores sozinho, sem a presença da diretoria, e conseguiu evitar que o Tigre levasse um W.O.

Foto imagem: Correio do Estado da Bahia
Na quinta-feira (14), em entrevista à Equipe dos Galáticos, Da Hora relatou os problemas e ainda revelou que tirou dinheiro do próprio bolso para dar garantias aos atletas. “O Colo Colo teve um problema sério na Série D. Perdeu pontos, jogadores fizeram greve. Me chamaram lá e eu fui, pois a imagem do Colo Colo, fora de Ilhéus, era totalmente positiva. O time poderia ter tomado WO no último jogo, mas eu estava dentro da concentração do Colo Colo e conversei com os meninos convencendo-os a ficarem. Acertei tudo com eles, pois não tinha ninguém da diretoria. Dei vales por minha própria conta para garantir pagamentos. Eles foram para campo e ainda venceram. Se não fosse a perda dos pontos, o Colo Colo avançaria de fase. Consegui também que eles permanecessem no clube e disputassem a Copa Governador do Estado”, disse.

Mesmo assim, segundo o desportista, o clube voltou a falhar. “Fui saber que o massagista Boca estava desde setembro sem receber salário. O cara, pai de seis filhos, nervoso com a situação acabou pegando Mal de Parkinson. Eles da diretoria demitiram o cara, sem fazer exame demissional, doente e deram um monte de cheques. Os cheques voltaram todos e o cara segue sem receber. Outros jogadores também não receberam salários do”, afirmou decepcionado.

O Galáticos Online recebeu, ainda, a informação de que o Colo Colo pagou a inscrição no Baianão 2016 com cheques sem fundo, o que pode comprometer a participação do clube no Estadual. Para piorar a situação, apesar de possuir todas as Certidões Negativas de Débitos, o time ilheense começou a enfrentar diversas ações na justiça de funcionários e atletas que não receberam seus salários. Uma delas já chegou à Federação Bahiana de Futebol (FBF) determinando o bloqueio de cerca de R$ 30 mil em cotas de patrocínio que o Colo Colo venha a receber da entidade.