Se a mancha de lama que foi observada na região do Arquipélago de Abrolhos for mesmo a resultante do rompimento da barragem de minérios da Samarco, o impacto sobre a biodiversidade que vive ali pode ser catastrófico. Essa é a avaliação de cientistas que trabalham no local.

O alerta de que a pluma de resíduos poderia ter atingido uma das áreas de maior diversidade de corais do Atlântico Sul foi feito anteontem pelo Ibama, com base em imagens de satélite e observações aéreas.

Ontem, o secretário estadual do Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, também sobrevoou o local e disse que o arquipélago em si “está sem mancha aparentemente”, mas que no mar mais próximo da costa a água está bastante turva e, ao norte de Abrolhos, em direção a Porto Seguro, foram vistas manchas escuras.

Spengler não descartou que a lama da Samarco possa ter chegado ali. “É temerário dizer que é, mas também é temerário dizer que não é”, afirmou ao jornal Estado de S. Paulo. Ele encomendou análises de amostras do material paralelas às que também estão sendo feitas pela Samarco, por determinação do Ibama.