A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner foi indiciada nesta terça-feira, 27, por formação de quadrilha e administração fraudulenta por supostas irregularidades na concessão de obras públicas durante seu mandato. A Justiça ainda ordenou um embargo de 10 milhões de pesos (R$ 209 milhões).
O expediente, dirigido pelo juiz Julián Ercolini e que declarou Cristina como investigada em outubro, analisa um suposto esquema de “benefícios exclusivos” a favor do grupo Austral, do empresário Lázaro Báez – pessoa próxima ao falecido ex-presidente Néstor Kirchner e atualmente detido por outro caso de suspeita de lavagem de dinheiro -, em detrimento dos cofres do Estado.

Também terão que responder o processo judicial o próprio Báez, o ex-ministro de Planejamento Julio De Vido e o ex-secretário de Trabalhos Públicos José Lopez. Este último ficou famoso mundialmente por ter sido preso, no último mês de junho, ao tentar esconder US$ 8 milhões em um convento de Buenos Aires.

Kirchner sempre negou as acusações, que apontam para o pagamento de propina através de aluguel de quartos de seus hotéis que não estavam sendo utilizados.