Mais investimentos para incrementar o turismo na capital e no interior e apoio para as cidades com potencial turístico, como forma de atrair mais visitantes e fortalecer a economia em toda a Bahia. Essa foi uma das propostas defendidas pela deputada estadual Ângela Sousa (PSD) durante a reunião da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo da Assembleia Legislativa com o secretário de Turismo do Estado, Nelson Pelegrino, na manhã desta terça-feira.

Durante o encontro a deputada Ângela Sousa fez questão de colocar que na Bahia existem muitas cidades com grande potencial turístico, mas que precisam de mais investimentos para gerar empregos, renda e desenvolvimento. Nelson Pelegrino reconheceu que a Bahia é privilegiada pela riqueza natural do seu território, atraindo turistas de todo o mundo, e destacou uma série de projetos do Governo do Estado que serão desenvolvidos para incrementar ainda mais esse setor.

Com relação aos projetos para a capital, o secretário de Turismo adiantou que o  governo do Estado trabalha para transformar a Baía de Todos os Santos no maior território náutico do país. Para isso vai investir 87,4 milhões de dólares em um plano estratégico que prevê uma série de ações, dentre elas abertura de novos destinos turísticos, construção de nove bases náuticas, instalação de um SAC ( Serviço de Atendimento ao Cidadão) Náutico, revitalização do Museu Wanderley Pinho, e a requalificação de serviços e produtos.

Segundo Pelegrino, a Baía de Todos os Santos deve ser aproveitada pelo governo para estimular o segmento do turismo náutico de negócios e eventos. Para isso, faz parte do plano “a sinalização em padrões internacionais” de toda a Baía, que deve ser transformada no portão de entrada do Brasil pelo mar. Atração de regatas internacionais e a desburocratização no serviço de regularização de embarcações estrangeiras que venham à Bahia participar destas competições fazem parte dos planos do secretário. Esta será a função do SAC Náutico, esclareceu Pelegrino, que anunciou também a recuperação da via náutica entre o subúrbio e a Barra.

O turismo baiano, segundo dados fornecidos pelo secretário Nelson Pelegrino, continua uma atividade economicamente rentável. Citando dados no plano estratégico 2007/2016, ele informou que a atividade é responsável por 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto) estadual e atraiu, em sete anos (entre 2007 e 2014), R$ 513 milhões em investimentos privados. O plano, disse, será revisto e ampliado para abrigar as ações estratégicas do governo para o setor até 2021.
Atualmente, a Bahia tem 13 zonas turísticas e 28 produtos. Ano passado o Estado recebeu 11 milhões de turistas, a grande maioria proveniente do turismo interno, que tem nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e na capital Brasília os principais emissores. O fluxo internacional, em menor escala que o nacional, tem na Argentina, Europa e América do Norte os principais emissores de visitantes.
Dentre os destinos, Salvador é ainda o que mais atrai turistas, embora perca para a Costa do Descobrimento em número de leitos. A capital oferece hoje 39 mil leitos “e é a terceira maior rede hoteleira do país”. A Costa do Descobrimento tem oferta atual de 41 mil leitos. A Região Metropolitana de Salvador desponta como a terceira maior concentração de leitos, com oferta atual de 22 mil unidades.
Fazem parte das ações estratégicas do governo no incentivo ao turismo, o fortalecimento da atividade e o aprimoramento de serviços, de forma a garantir que o turista “chegue bem” ao seu destino. Melhorias na infraestrutura de estradas, da via náutica e dos aeroportos fazem parte dos planos, assim como a qualificação de produtos e serviços. O Aeroporto Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, por exemplo, deverá passar por obras de ampliação e requalificação de forma a aumentar sua capacidade de recepção dos atuais 11 milhões para 40 milhões de passageiros.