Envolvido em morte de professora diz que queria carro para dar ‘rolé’ 1O carro que seria roubado da professora universitária Anamaria Morales, morta em Itapuã, no dia 16, era para os bandidos curtirem. “A gente queria é dar um passeio, charlar. Coisas de jovens”, disse o manobrista Pablo Santos Viana Moura, 20 anos, um dos três acusados de participação no crime. No entanto, o titular da 12ª Delegacia (Itapuã), Antonio Carlos Magalhães Santos, rebate: “Eles iam desmanchar o veículo. Pablo ficou preso por desmanche em 2013”.

Pablo, que se entregou na sexta-feira, foi apresentado ontem. Ao contrário de Darlei Santos Santana, 19, que já havia se entregado na quarta-feira, Pablo disse que só se apresentou após convencimento da família. Sobre o crime, ele aponta João Paulo dos Santos Santa Rosa, 18, o Bu, como o autor do tiro que matou a professora.

João Paulo é filho de um policial militar. “Ao saber, o pai disse que está envergonhado do filho. Ele deve estar esperando a poeira baixar para entregá-lo”, comentou o delegado. Os três tiveram a prisão temporária decretada. “Mas já pedimos a preventiva”, disse Santos.Pablo afirmou que os três se encontraram uma hora depois  do crime, ainda em Itapuã. “Foi quando a gente teve a noção da besteira. Estava em todos os jornais. Aí, cada um seguiu para seu lado”, disse ele, que estava escondido na casa de parentes no mesmo bairro.

2afcd83bf8Pablo e Darlei são amigos de infância e horas antes do crime estavam na praia quando, segundo eles, João Paulo convenceu a dupla a roubar um carro para curtir. “Não quis negar para as amizades. A gente queria só dar uns rolés”, disse Pablo.

Ainda segundo o acusado, na abordagem a Anamaria, ele tentou tomar a chave do carro, mas desistiu quando a vítima reagiu. “Dei as costas e só ouvi o disparo”. Mas a professora estava com lesões no rosto e o delegado aponta Pablo como o autor das agressões.

O vídeo com imagens do sistema de segurança de um posto de combustível auxiliou na identificação do trio. O vídeo mostra que a vítima já estava no chão quando um dos criminosos disparou. Anamaria, que era paulistana, morava há 20 anos na Bahia e dava aulas no curso de Serviço Social da Universidade Salvador (Unifacs).