O juiz federal Sergio Moro, da 13ª Justiça Federal de Curitiba, prorrogou nesta sexta-feira (26) a prisão temporária do marqueteiro João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, presos desde terça (23) pela Operação Acarajé.

“O fato é que os elementos probatórios anteriores e os ora revelados no exame sumário das provas apreendidas, indicam que o relacionamento de João Santana e com Mônica Moura com a Odebrecht é muito maior que o admitido e que eles teriam recebido quantias bem mais expressivas do que aquelas já rastreadas até a conta Shellbil”. Shellbil é o nome da offshore aberta por Santana para receber recursos na Suíça.

Moro atende ao pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal para mantê-los presos por mais alguns dias. O juiz também prorrogou a prisão temporária de Maria Lúcia Tavares, funcionária da Odebrecht apontada como elo dos pagamentos ao marqueteiro. De acordo com a decisão de Moro, eles ficarão presos até o dia 3 de março.

Em sua decisão, Moro escreve que a prorrogação da prisão permitirá novos depoimentos de Santana e de Mônica, para eles explicarem as novas provas obtidas nas buscas, como a tabela de repasses de R$ 4 milhões da Odebrecht. Também dará mais tempo, segundo o juiz, para o “rastreamento dos possíveis pagamentos em reais efetuados no Brasil e a sua completa totalização”.