A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, 22, que “a democracia não será atropelada”, ao falar sobre a discussão em torno do processo de impeachment.

A petista disse ainda que “o país não vai parar”, mesmo com a crise, e que o seu governo fez uma “opção política” ao usar “o dinheiro dos impostos” para financiar o Minha Casa, Minha Vida. “Mesmo passando por dificuldades, vamos continuar realizando”, disse a presidente, ao entregar unidades habitacionais no município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.

Um dos motivos que levaram o Tribunal de Contas da União a recomendar a rejeição das contas de 2014 de Dilma foram as chamadas pedaladas fiscais, ou seja, o uso de recursos de bancos públicos para custear programas sociais.

O governador Rui Costa (PT) disse que “ninguém nunca enxergou os pobres” como os governos Dilma e Lula, repetindo discurso feito pouco antes em Salvador. “Alguns não gostam do voto popular porque querem manter seus privilégios. Esse povão não vai aceitar que o seu voto não seja respeitado”, declarou.

Rui ainda pediu que os beneficiários do Minha Casa Minha Vida não vendam ou aluguem os imóveis, o que vai contra as regras do programa.

De acordo com o governador, os livros de História irão registrar o programa habitacional. O prefeito de Camaçari, Ademar Delgado (PT), afirmou que a presidente tem sido “alvo das maiores injustiças”. “A senhora foi presa quando lutou contra a ditadura, não por causa de malfeitos”, discursou.