Compaixão e perdão são temas centrais no ensinamento do Pontífice e a principal mensagem de seu primeiro livro, “O nome de Deus é Misericórdia” (Editora Planeta), no qual o líder máximo da Igreja Católica se coloca, mais uma vez, na condição de um homem que também precisa de piedade.

Resultado de uma série de encontros com o vaticanista Andrea Tornielli, a obra será lançada na próxima terça-feira e publicada em 84 países, em seis idiomas — italiano, português, inglês, francês, alemão e espanhol.

Com a mesma humildade demonstrada nestes quase três anos de pontificado, Francisco admite não estar imune a pecados. Diz, inclusive, ter carinho especial e ligação com aqueles que vivem na prisão, por ter consciência de ser “pecador”. Mencionando a rejeição à pena de morte, o Papa exalta avanços para a reinserção social dos presos.

Tornielli indaga sobre a experiência do Pontífice como confessor de homossexuais, no que Francisco responde criticando a marginalização e defendendo “o amor de Deus a todas as criaturas”. Outro tema abordado é a corrupção, definida pelo Pontífice como um estado pessoal e social no qual a pessoa se habitua a viver. O Papa Francisco faz ainda menção aos imigrantes e apela por acolhimento.