O PT reuniu a bancada e senadores de outros partidos aliados para avaliar a votação do último domingo (17) na Câmara, o cenário político e os próximos passos para tentar reverter no Senado a decisão da Câmara, que optou pelo prosseguimento do pedido de impeachment de Dilma.

Uma das reações mais fortes dos aliados de Dilma foi à declaração dada ontem pelo presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR), que defendeu que a presidência da comissão especial – a ser formada para analisar o processo de impeachment – tenha Antonio Anastasia (PSDB-MG) na presidência e a senadora Ana Amélia (PP-RS) na relatoria. “Acho que Jucá já está se sentindo ministro ou futuro presidente do Senado e quer atropelar o processo”, criticou o líder do governo, senador Humberto Costa (PE).

Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), como o PP de Ana Amélia, ex-aliado do governo, fechou questão a favor do impeachment, ela não teria isenção para ser relatora do caso. Como segunda maior bancada no Senado, o PT diz que não abre mão da prerrogativa de indicar a presidência ou relatoria da comissão.