Um grupo de rodoviários realizou um protesto na Estação Pirajá, em Salvador, na tarde desta quinta-feira (3). Cerca de 40 pessoas impediram a saída dos ônibus coletivos do local das 13h até as 15h. De acordo com a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), os rodoviários envolvidos na manifestação são da empresa BTU.

A informação inicial é de que o grupo estaria protestando em apoio aos 167 funcionários da empresa Barramar que ainda não foram realocados para outras empresas. Em abril, a direção da empresa anunciou o fim das atividades em Salvador. Na ocasião, foi divulgado que mais de 90% dos 1.200 empregados demitidos iriam trabalhar em outras empresas.

De acordo com Fábio Primo, vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, o protesto na Estação Pirajá não teve o apoio do sindicato. Uma reunião entre a direção sindical e a Secretaria de Urbanismo e Transportes de Salvador (Semut) foi realizada nesta quinta-feira para avaliar a situação da Barramar.

Segundo Primo, os 167 rodoviários da empresa que estavam sem trabalhar serão distribuídos entre as demais empresas que circulam na cidade. Pela manhã, os funcionários se reuniram na porta da garagem da empresa para debater a situação.

Pendências trabalhistas
Ainda nesta quinta (3), as empresas de ônibus Capital e Tropical se comprometeram a resolver os problemas financeiros até sexta-feira (11) da próxima semana. O prazo foi sugerido por Fábio Mota, secretário municipal de Urbanismo e Transporte, em reunião com os diretores das duas empresas e que contou com a presença de membros do Sindicato dos Rodoviários e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Steps).

Segundo o Sindicato dos Rodoviários, cerca de 1 mil funcionários da Capital e Tropical não estão recebendo diversos direitos trabalhistas, incluindo itens acordados no acordo coletivo feito na última greve da categoria. No início da manhã, os rodoviários das duas empresas se recusaram a deixar as garagens, tirando de circulação 46 linhas que operam em diversos bairros de Salvador. A paralisação começou às 4h30 e foi encerrada por volta de 9h.

Os rodoviários afirmam que as empresas não estão depositando o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) há sete meses, nem pagando as horas extras. Segundo Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte de Salvador (Semut), por enquanto, a possibilidade de encerramento das atividades das empresas está descartada.