Quarenta empresas fantasmas criadas na Bahia para atuar como “laranjas” na simulação de venda de café para supostos clientes do Espírito Santo foram identificadas e tornadas inaptas pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA).

As fraudes foram identificadas pelo Centro de Monitoramento Online (CMO), implementado pela secretaria para identificação, em tempo real, de irregularidades na abertura de empresas, incluindo a atuação dos chamados “hackers fiscais”.

Nessas operações fraudulentas – destinadas a constituir falsos créditos junto ao fisco estadual -, as empresas fantasmas emitiram R$ 141 milhões em notas fiscais sem validade.

Transferência de crédito – De acordo com o líder do projeto CMO, o auditor fiscal César Furquim, o que acontece na prática é uma transferência de crédito fiscal, uma vez que é enviada ao Espírito Santo somente a nota fiscal, sem a mercadoria. “A nota existe para acobertar a transferência do crédito e não a transferência da mercadoria”.

Para este caso, diz, a primeira providência do Fisco é fechar essas empresas criadas na Bahia o mais rápido possível. Outro passo é acionar a polícia para investigar os fraudadores.