O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou os embargos de declaração, recurso no qual o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pretendia modificar o julgamento sobre as regras de tramitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, definidas em dezembro do ano passado.

O ministro Luís Roberto Barroso, relator dos embargos, rechaçou a possibilidade de a Câmara eleger os membros da comissão especial por meio de voto secreto e em chapa avulsa. Sobre a possibilidade de os parlamentares se candidatarem à comissão sem a indicação de seus líderes, Barroso afirmou que “cabe aos partidos fazerem essas escolhas”.

O ministro afirmou não fazer sentido que o representante de um partido fosse escolhido pelo plenário e não pelo líder da sigla. Ele ironizou que seria o mesmo que o representante do Corinthians junto à CBF fosse escolhido por outros times, ou se o representante do bairro de Copacabana fosse escolhido por outra localidade.