Em muitos países, a ideia da licença-paternidade ainda não vingou. Mas a Suécia encoraja, desde os anos 1970, pais a tirar tempo para ficar com os filhos recém-nascidos. E agora quer incentivá-los a passar pelo menos três meses em casa.

Grupos de pais fazendo refeições, cercados por carrinhos de bebê, são uma visão comum na Suécia. Em 1974, o país se tornou o primeiro do mundo a oferecer a licença-paternidade e estender aos pais a chance de também passar tempo em casa com os filhos.

“É uma forte tradição na Suécia”, afirma Roger Klinth, professor de Estudos de Gênero na Universidade Linkoping. “Todos os partidos políticos votaram a favor da licença-paternidade em 1974, o que é um sinal claro de que homens e mulheres deveriam ter o mesmo status para cuidar dos filhos e que nenhum gênero deveria assumir a responsabilidade”.

A licença-paternidade na Suécia inspirou até um projeto artístico: o fotógrafo Johan Bavman escreveu o livro Swedish Dads (“Pais Suecos”), que tem um ensaio fotográfico com pais “que ficam em casa”. A ideia surgiu quando o próprio Bavman tirou licença para ficar com o filho, Viggo.