A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tornou obrigatória a cobertura de testes pelos planos de saúde na detecção de anticorpos do vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A medida, publicada no “Diário Oficial” da União da última segunda-feira (6), determina a inclusão de três tipos de testes de zika no rol de procedimentos e eventos em saúde: PCR, IgM e IgG, e entra em vigor a partir do dia 6 de julho.

O método conhecido como PCR, que verifica o genoma do vírus, só é eficaz durante o quadro agudo da infecção –ou seja, quando a pessoa apresenta sintomas da doença. Os outros dois testes, que foram aprovados pela agência em fevereiro deste ano, conseguem detectar a presença, por meio de métodos de imunoflorescência, de dois tipos de anticorpos, o IgG (imunoglobina G) e IgM (imunoglobina M), para três doenças: dengue, chikungunya e zika.

O primeiro, IgG, indica se houve uma infecção mais antiga pelo vírus. Já o IgM é produzido na fase aguda da doença –com até duas semanas.

Doença – O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em 17 de maio, aponta 120.161 prováveis casos de vírus da zika registrados neste ano no país. Destes, 39.993 foram confirmados.

A doença, causada pelo vírus da zika, tem como característica a presença de manchas avermelhadas na pele e está associada a casos de microcefalia em bebês e da síndrome Guillain-Barré, transtorno que pode causar paralisia dos membros.