O vereador Makrisi (PT), secretário geral da Câmara de Vereadores, presidiu a sessão da terça-feira (27). Ao abrir os trabalhos legislativos, o parlamentar foi questionado pelos vereadores Luiz Carlos Escuta (PP), Tarcísio Paixão e Ivo Evangelista (PRB), o porquê da não leitura do salmo bíblico na abertura da sessão.

Makrisi respondeu aos colegas alegando a laicidade do Estado, e que a Câmara foi questionada pelo Fórum Municipal de Promoção à Igualdade Racial e por representantes dos Povos de Terreiros por causa da leitura dos salmos. Mesmo sendo católico, o vereador entende que a Constituição deve ser respeitada e que nenhuma das religiões pode sobrepor-se ao Estado democrático de direito.

“Tenho a minha fé, que inclusive tem a Bíblia como símbolo principal, mas não posso impor isto ao outro”, disse o vereador. Makrisi ainda questionou qual seria a reação dos cristãos, caso fossem lidos trechos do alcorão ou cantos de religiões matriz africana durante os trabalhos da Casa. “Certamente causaria muitos questionamentos”, afirmou o parlamentar.