A Boa Vista SCPC perguntou para um grupo de mil consumidores o que eles pretendiam fazer tão logo pagassem suas dívidas ou limpassem os nomes junto ao serviço de proteção ao crédito. Quase metade, ou 43% dos consultados, disseram que pretendiam realizar o sonho da compra de um carro. Outros 23% afirmaram querer acertar a situação financeira para adquirir a casa própria; 8% devem comprar eletrodomésticos; 7%, material de construção; 6%, móveis; 4%, eletrônicos; 3% pretendem comprar um aparelho de telefonia celular e outros, 6%.
Quando questionado sobre o “sonho de consumo”, 56% afirmam que é a casa própria, seguido do carro (23%), viagens (8%), estudos (2%) e outros (8%). Já 3% dos entrevistados dizem não ter nenhum sonho de consumo. E 80% dos consumidores não estão preparados para a realização de seu sonho de consumo no momento, mas acreditam (96%) que o realizarão no futuro.
Ainda de acordo com a pesquisa, apesar de registrar um alto porcentual entre os consumidores, o otimismo sobre a projeção de sua situação financeira para os próximos 12 meses diminuiu consideravelmente, de 90% em dezembro de 2014 para 80% em março de 2015. E aumentou de 2% para 7% o porcentual dos que julgam que a situação financeira estará pior até março de 2016. Para 13%, estará igual.
Para 35% dos entrevistados, as dívidas aumentaram em relação ao ano passado. Em março de 2014, esse porcentual era de 27%. Para 25%, as dívidas diminuíram e para 40% permanecem iguais. “Mais uma vez o consumidor revela amadurecimento, como temos constatado em sucessivas pesquisas. Ao se declarar não preparado no momento para realizar o seu grande sonho de consumo – a casa própria -, o consumidor demonstra não só que está com o pé no chão, mas também a consciência da importância de sua reputação de crédito, pois se trata de uma aquisição totalmente dependente do crédito”, afirma Dorival Dourado, presidente da Boa Vista SCPC.
Os pesquisadores da Boa Vista questionaram também os consumidores sobre qual seria a maior causa da inadimplência que os teria levado às restrições financeiras. O desemprego foi citado por 35% dos consumidores, seguido de descontrole financeiro (28%), diminuição de renda e mais despesas extras (17%), empréstimo do nome a terceiros (11%), e outros motivos (9%). O desemprego tem afetado mais as famílias que ganham até três salários mínimos de renda familiar mensal (41%).
Dívidas com móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos foram os produtos que geraram a inadimplência para 25% dos consumidores, seguido de contas diversas como IPVA, IPTU, condomínio, academia, educação (17%), vestuário e calçados (16%), alimentação (15%), contas de consumo como água, luz e gás (14%), empréstimo pessoal (7%), materiais de construção (4%) e financiamentos de casa e veículo (2%).
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