Al Pacino faz John Milton, em “O advogado do Diabo”, de 1997, o filme conta a história de uma velho advogado que seduz uma jovem advogado e destrói a vida dele. A certa altura, Milton diz: “Vaidade, o meu pecado favorito”, numa alegoria de como é fácil seduzir os vaidosos para o buraco. A Veja da próxima semana traz na capa o advogado (” criminalista”) Adriano Bretas, de 35 anos, de Curitiba.
“Os novos ricos da Lava-Jato, a revista traz ampla reportagem contando a história de advogados emergentes e velhas raposas que ganharam fortunas defendendo empresários e políticos acusados de corrupção. Bretas teria faturado R$ 20 milhões e confessa “desfruto de um padrão de vida que jamais imaginei ter”, diz apertando entre os dentes um charuto cubano de R$ 350.
Se você quiser expor alguém ao ridículo lhe ofereça uma capa de revista de grande circulação exibindo luxo e dinheiro. É provável que Bretas se arrependa durante a semana até porque fica uma pergunta no ar: Qual a origem do dinheiro que pagou esses honorário milionários. Nos Estados Unidos, país que tem mais advogado no planeta, há uma piada meio velha: “O que são 200 advogados acorrentados no fundo mar? Um bom começo…”. É apenas uma piada.
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