Não foi como a maioria dos alemães desejavam, mas o mais importante aconteceu. Neste sábado, no estádio do Bordeaux, a Alemanha não conseguiu quebrar o tabu de nunca ter vencido a Itália em partidas oficiais na história, mas, após empatar por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, foi mais competente nas cobranças de pênaltis, venceu por 6 a 5, eliminou a grande rival e se garantiu na semifinal da Eurocopa.

Com a classificação, a Alemanha agora espera o confronto entre a dona da casa França contra Islândia, uma das sensações da competição, que avançou às quartas após eliminar a Inglaterra. A partida acontece neste domingo, às 16h (de Brasília), no Stade de France. Já a semifinal entre essas equipes será realizada no Velódrome, na próxima quinta-feira (7), também às 16h.

Quem foi bem: Özil, autor do gol

Depois de um primeiro escondido, assim como toda Alemanha, Özil “acordou” na etapa final e fez a diferença para os alemães. Com bons toques de bola e movimentação no ataque, o jogador do Arsenal comandou o meio de campo e ainda chegou na área para finalizar. Após cruzamento de Hector, ele viu a bola desviar no marcador e cair nos seus pés para pegar de primeira e estufar as redes de Buffon. Nos pênaltis, no entanto, acertou a trave, mas viu Neuer salvar com defesas importantes.

Quem foi mal: Zaza, que vacilo

Esteve em campo apenas um minuto, mas pode ficar marcado por um bom tempo. Aos 15min do segundo tempo da prorrogação, Zaza entrou no lugar de Chiellini apenas para participar da decisão de pênaltis, mas, quando foi para sua cobrança, a segunda da Itália, isolou, mandou por cima, muito longe do gol defendido por Neuer.

Tabu alemão sobre a Itália já dura 54 anos

Em toda a sua vitoriosa trajetória, a seleção alemã nunca conseguiu ganhar da Itália em jogos oficiais, seja em edições de Euro ou de Copa do Mundo, mantendo um tabu que já dura 54 anos, já que o primeiro encontro entre os dois países nessas competições foi na Copa de 1962, no Chile, quando empataram sem gols na fase de grupos. De lá para cá foram cinco jogos de Copa e três de Euro, sendo quatro vitórias italianas e quatro empates.

Escalações diferentes

Pelo lado alemão, a grande surpresa foi a ausência de Draxler, que vive bom momento, entre os titulares. Joachim Löw preferiu começar com Höwedes, defensor do Schalke 04, que atua tanto como lateral quanto zagueiro. Já o técnico rival não teve De Rossi, com dores na coxa direita, e Thiago Motta, suspenso pelo acúmulo de cartões amarelos. Então, Conte optou pela entrada de Sturaro, jovem volante da Juventus, no meio de campo italiano.

1º tempo morno

Primeiro tempo foi de muita marcação entre Alemanha e Itália
Diferente do que era esperado, o primeiro tempo entre Alemanha e Itália foi morno. As duas equipes demonstraram muita cautela nos primeiros 45 minutos e pouco se arriscaram no ataque. As melhores chances aconteceram apenas no final, sendo uma para cada lado. Aos 42, Müller ficou com a bola dentro da área, mas não pegou bem e foi presa fácil para Buffon. Dois minutos depois, Sturaro arriscou de fora da área, mas Boateng fez um desvio preciso no meio do caminho.

Schweinsteiger, o capitão

Schweinsteiger igualou Klose em números de jogos pela Alemanha em Euro e Copa
Mesmo não vivendo grande fase, Bastian Schweinsteiger conseguiu entrar em campo neste sábado e igualar um importante número entre os ídolos da seleção alemã. O volante do Manchester United começou no banco de reservas, mas teve oportunidade de jogar aos 15min da etapa inicial, quando Khedira sentiu uma lesão na virilha e deu lugar ao camisa 7. Ao pisar no gramado, já recebeu a braçadeira de capitão dos companheiros e chegou aos 37 jogos pela Alemanha somando Eurocopa e Copas do Mundo, mesmo número de Klose, maior artilheiro da história dos mundiais.

FICHA TÉCNICA
ALEMANHA 1 (6) X (5) 1 ITÁLIA

Local: Estádio Matmut Atlantique, em Bordeaux (França)
Data: 2 de julho de 2016 (Sábado)
Horário: 16h(de Brasília)
Árbitro: Viktor Kassai (Hungria)
Gol: Özil, aos 21min, e Bonucci, aos 32 do 2º tempo

ALEMANHA: Manuel Neuer, Höwedes, Jérôme Boateng, Mats Hummels e Jonas Hector; Toni Kroos, Sami Khedira (Schweinsteiger), Mesut Özil, Joshua Kimmich; Mario Gomez (Draxler) e Thomas Müller.
Técnico: Joachim Löw

ITÁLIA: Gianluigi Buffon, Leonardo Bonucci, Giorgio Chiellini (Zaza), Andrea Barzagli e Mattia De Sciglio; Sturaro, Marco Parolo, Alessandro Florenzi (Darmian) e Emanuele Giaccherini; Graziano Pellè e Éder (Insigne).
Técnico: Antonio Conte