Caberá ao senador tucano Aloysio Nunes (PSDB-SP) a tarefa de articular o apoio dos demais senadores para aprovação de materias do interesse do governo Temer. A ideia inicial de Temer era indicar uma mulher como resposta às críticas de ausência de nomes femininos no primeiro escalão. Estavam cotadas para a vaga as senadoras Ana Amélia (PP-RS) e Simone Tebet (PMDB-MS).

No entanto, pesou contra a progressista o fato de seu partido ter dois ministérios importantes, da Saúde e da Agricultura, o que deixaria o PP muito forte em comparação às demais legendas aliadas. Quanto a Simone, ela pediu a Temer para não ocupar o posto até que uma ação judicial do período em que foi prefeita da cidade de Três Lagoas seja arquivada.

Após seu afastamento do cargo de ministro do Planejamento, o senador Romero Jucá (PMDB), investigado na Lava-Jato, também foi cogitado para ocupar o posto.

Diferentemente da Câmara, onde o centrão impôs a Temer a indicação do deputado André Moura (PSC-SE) para líder do governo na Casa, os senadores não participaram diretamente da decisão.