Os alunos que não estiverem frequentando as aulas semipresenciais, a partir do próximo dia 26 de julho, perderão os benefícios concedidos àqueles que fazem parte da educação estadual, como o Bolsa Presença, afirmou o secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues, durante coletiva virtual nesta quarta-feira (14).

O benefício é destinado a famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e que vivem na faixa de pobreza e extrema pobreza. Para ter acesso aos R$ 150 o aluno deve estar matriculado com presença mínima de 75% nas aulas.

Diferente do sistema municipal de ensino de Salvador, o retorno das atividades nas escolas estaduais não será facultativo. Além disso, os professores que também se recusarem a ir para as salas de aula terão desconto no salário.

“Sobre o Bolsa presença, se o aluno não estiver frequentando agora, no remoto, será suspenso o pagamento, então, no híbrido, continuaremos fazendo o mesmo, seguindo o padrão de uma lei que foi aprovada na Assembleia, isso serve como exemplo para outras atividades”, pontuou Jerônimo.

Retorno às aulas

O governador Rui Costa (PT) anunciou, na última terça-feira (13), durante o Papo Correria, que as aulas nas escolas da rede estadual de ensino da Bahia serão retomadas de forma semipresencial a partir do dia 26 de julho, em todas as regiões do estado. Além disso, as universidades estaduais, federais e privadas também estão autorizadas a retomar as atividades semipresenciais.

APLB se posiciona contra

Conforme o presidente da Associação dos Professores Licenciados do Brasil seção-Bahia (APLB-BA), Rui Oliveira, o anúncio pegou a categoria de surpresa.

“Recebo essa informação de forma inoportuna, sem nenhuma consulta à categoria. Lamento que um gestor público compare as aberturas de shoppings, bares, ao ensino. É lamentável essa visão economicista”, explicou, em entrevista ao programa Sociedade Urgente, da Rádio Sociedade, na manhã desta quarta-feira (14).

Oliveira declarou ainda que a posição contra o retorno será reafirmada na próxima sexta-feira (16), além de solicitar uma documentação junto ao Ministério Público (MP-BA), criando uma responsabilidade civil e criminal para qualquer trabalhador que se contamine com a Covid-19.