A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) vai recorrer da decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli que anulou as provas obtidas no acordo de leniência firmado pela Odebrecht e classificou a prisão de Lula de “maior erro judiciário” da história do país.

A ANPR contesta o posicionamento de Toffoli e diz que as provas foram coletadas legalmente. A decisão é definitiva, a não ser que um recurso seja apresentado à Segunda Turma do STF. A princípio, cabe à PGR (Procuradoria Geral da República) recorrer, através de Augusto Aras.

Por sua vez, Aras se pronunciou a respeito da decisão nesta quinta-feira (7), nas redes sociais. Na nota, o procurador disse que a operação Lava Jato deixou um “legado maldito”. O acordo de leniência foi homologado no âmbito da Lava Jato, pelo então juiz Sergio Moro.

“Fui acusado de destruir a Lava Jato, quando apenas institucionalizei e despersonalizei o Ministério Público. Hoje, a sociedade enxerga seu verdadeiro legado maldito, seu “modus operandi” que ceifa vidas, a política, a economia e afronta a soberania nacional”, disse Aras.