A Polícia Federal, a Receita e o Ministério Público Federal estão investigando uma “máfia” dedicada a fraudar a compra e venda de shows públicos de grandes artistas em todo o Brasil. Por enquanto, as investigações estão em curso na Bahia, em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Amazonas, Pará, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.

Segundo levantamento obtido pelo colunista do site Uol, Ricardo Feltrin, o volume de dinheiro obtido por meio de fraude na contratação, superfaturamento de cachês ou infraestrutura pode passar do valor de R$ 100 milhões apenas nos últimos três anos. Somente no interior de São Paulo há R$ 15 milhões já bloqueados pela Justiça a pedido do Ministério Público Federal.

A investigação começou em 2010, no interior paulista, se espalhando pelo País posteriormente, a partir de iniciativa do chefe da Procuradoria Geral da República em São Paulo e procurador da República em Santos, Thiago Lacerda Nobre.

“Quando viajava a trabalho pelo interior de São Paulo comecei a perceber que algumas cidades minúsculas estavam fazendo eventos com artistas de renome nacional, cujos cachês eram caríssimos. Começamos a investigar, pois não havia como aquelas cidades bancarem tantos shows e festas. Acabamos descobrindo uma série de irregularidades, que envolviam não só as cidades, mas até o governo federal, que era fraudado por meio de convênios culturais”, afirmou o procurador em entrevista ao site.

Escritórios – Os escritórios e suspeitos investigados pela força-tarefa do MPF estão atualmente localizados em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Manaus, Belém, Natal e Teresina.