Seis meses depois do assassinato de João Alberto Silveira Freitas, homem negro espancado por seguranças terceirizados em uma das unidades do Carrefour em Porto Alegre (RS), a viúva Milena Alves fechou acordo de indenização com a empresa. O valor não foi informado.

Este é o nono acordo fechado entre a rede de hipermercados e familiares da vítima. Em abril, a viúva recusou a primeira oferta da empresa. Os outros acordos foram com quatro filhos, a enteada, a neta, a irmã e o pai de João Alberto.

O crime ocorreu no dia 19 de novembro de 2020, véspera do feriado pelo Dia da Consciência Negra, quando dois seguranças do Carrefour, no bairro de Passo D’Areia, espancaram João Alberto Silveira Freitas. A vítima tinha 40 anos e morreu em decorrência da agressão que sofreu. Os seguranças Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges foram presos logo depois do crime e aguardam julgamento. A previsão é de que aconteça em 2022.

Á época, o Carrefour divulgou uma nota, afirmando que “disponibilizou, toda assistência financeira e psicológica para a família de João Alberto Freitas, incluindo uma assistente social e os gastos do dia a dia (supermercados, aluguéis, transportes, educação, entre outros)”.A empresa disse, ainda, que “assumiu compromissos públicos para contribuir na capacitação de pessoas negras, na educação, na formação de lideranças, e em startups, com a possibilidade de utilizar a plataforma da empresa. Tudo isso é financiado por meio de um fundo de R$ 40 milhões, criado pela empresa em novembro de 2020”.