Vitória da Conquista, no Sudoeste do estado, vive a ansiedade de receber neste domingo, 26, às 16h, a sua primeira final de Campeonato Baiano. Expectativa essa que surge nem tanto pelo evento em si, mas muito mais pela possibilidade do time – que leva o mesmo nome da cidade – colher, enfim, os frutos de um trabalho elogiado não somente no município.

2015 é o ano do 10º aniversário do Esporte Clube Primeiro Passo de Vitória da Conquista. O time, que só disputou a sua primeira partida oficial em 2006, pode comemorar uma temporada inteiramente positiva, desta vez não só dentro, como fora dos gramados. Único invicto do Baianão, a equipe tem atraído bom público para as arquibancadas.

“Posso dizer que esse foi um ano atípico. Costumo dizer que a torcida é o termômetro do time. Como a equipe está bem, eles vêm aparecendo. Contra Colo Colo, na semifinal, e Bahia de Feira, nas quartas, por exemplo, tivemos ótimas rendas”, conta o presidente do Bode, Ederlane Amorim. “Antes disso, nosso melhor ano havia sido 2008, quando o time chegou à rodada final (do quadrangular decisivo) com chance de título contra o Bahia. Mas, naquela época, havia o Sua Nota é Um Show, o que garantia bom público”, compara.

Ederlane conta que a média de público deste ano vem sendo de 3 mil pagantes por jogo. Para a decisão de amanhã, foi colocada à venda a capacidade máxima do Estádio Lomanto Júnior, que é de 12.964 pessoas. Os preços dos bilhetes tiveram um acréscimo considerável em relação ao restante do campeonato: enquanto até a semifinal o ingresso saía por R$ 10 a meia e R$ 20 a inteira, para a final o valor será de R$ 25 a meia e R$ 50 a inteira.

Por falar em valores, a renda positiva, tão rara no interior do estado, também tem aparecido. “Tivemos campeonatos aqui anteriormente com déficit em quase todos os jogos. Este ano, não. Fizemos cinco jogos em Conquista, três pela primeira fase. Apenas em um tivemos renda negativa, contra o Serrano, por conta de uma forte chuva que caiu na cidade”, comemora Ederlane.

Além do Baiano, Vitória da Conquista, a cidade, festejou ter recebido neste ano o Palmeiras em jogo pela primeira fase da Copa do Brasil. A bilheteria, sozinha, rendeu mais de R$ 500 mil, sendo que só 40% foram para o Bode. Tudo isso emprestou ao clube uma atmosfera de terceira força do futebol estadual, como alguns o consideram. “Tivemos exposição nacional por quase 20 dias. Nesse meio tempo o clube cresceu muito e elevou a marca”, disse Ederlane.

Confiança

O clima é de que o Conquista pode, sim, derrotar o favorito Bahia e erguer, pela primeira vez, a taça do Estadual. “Em 2012, quando chegamos à semifinal e vencemos o Bahia aqui, no primeiro jogo, tivemos essa mesma atmosfera. Até fomos de avião para decidir em Salvador, o que é uma coisa inédita para nós”, lembra o mandatário do clube.

“Este ano, com a boa campanha, invicta, e a lacuna que o Vitória deixou, as coisas ficaram menos difíceis, porque passamos a disputar com times do mesmo nível que o nosso. Então, a expectativa de todos aqui é de ser campeão. Comemorar nosso 10 anos com um título”, finalizou.