A votação do projeto do Executivo de número 250/2015 aconteceu nesta terça-feira, 18, com o voto de protesto do vereador Hilton Coelho (PSOL). “Aceitar o projeto como está seria contribuir para atacar de forma nefasta os interesses dos agentes comunitários de saúde e dos agentes comunitários de combate a endemias. Não nos restou outro caminho que dizer não ao projeto para mostrar que a categoria deve ser respeitada por inteiro e não de forma parcial. O piso salarial nacional não está garantido em Salvador. É uma inverdade dizer que se paga o que é devido aos agentes”, justifica.

Hilton Coelho volta a destacar que o divulgado pelo prefeito ACM Neto e sua bancada na Câmara Municipal não corresponde à verdade. “Paga-se o salário agregado, contando com todos os adicionais legais. Ora, isso não é salário base. Isso não é piso salarial. A população deve ser informada de que a visão governamental é incorreta. É a mesma prática nefasta utilizada pelo governo estadual em relação aos professores e isso precisa ser denunciado e divulgado”.

“Não somos contrários ao reajuste salarial dos servidores municipais, muito pelo contrário, estivemos e estamos em todas as lutas de todos os segmentos da categoria. As educadoras e educadores, por exemplo, sabem do nosso empenho em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Quando os servidores da Educação se mobilizam em greves e outros meios, o prefeito ACM Neto tenta mostrar à opinião pública que a categoria está prejudicando a população e as crianças em especial. Isso não é verdade. A mesma tática quer fazer agora com os agentes de saúde e endemias”, enfatiza o socialista.

“Não conseguimos que se desmembrasse a questão salarial e, dessa forma, os agentes comunitários de saúde e dos agentes comunitários de combate a endemias foram prejudicados. A Lei 12.994/2014 define piso salarial mínimo de R$ 1.014,00 e não está sendo cumprido. Quando um setor dos servidores municipais é punido, todos são atingidos. Sabemos que esta votação não termina com a luta dos servidores. Com muita honra estaremos onde sempre estivemos, nas lutas e nas ruas. Defendemos e defenderemos os servidores em geral, porém, não abrimos mão de lutar pelos que zelam pela saúde da população e não recebem as mínimas possibilidades de exercer essa missão com dignidade e enfrentam tantos absurdos causados por administração municipal incapaz. A luta continua para que se corrija todas as mazelas. A primeira providência é a valorização dos servidores que passa por um salário digno para todas e todos”, finaliza Hilton Coelho.