O policial aposentado Fabrício Queiroz, apontado como operador financeiro do esquema de “rachadinha” do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da República, pretende disputar uma cadeira de deputado federal pelo Rio de Janeiro em 2022. A informação é da colunista Juliana Dal Piva, do portal UOL.

Segundo a publicação, queiroz também aguarda o movimento de Bolsonaro, que ainda não escolheu por qual partido vai disputar a reeleição.

Procurado, Queiroz disse à coluna que considera uma “boa ideia” sua possível postulação ao Legislativo. “Obrigada por me informar sobre possível candidatura a dep federal (sic), pois nem eu mesmo sabia dessa pretensão. Mas, sabe, você me deu uma boa ideia”, respondeu.

Queiroz foi colocado em liberdade pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em março deste ano. Ele e a mulher tiveram a prisão decretada pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, no ano passado, durante as investigações sobre desvio de salários no antigo gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). À época, Queiroz foi preso na casa de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.

Em outubro, ele, Flávio e outras 15 pessoas foram denunciados por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O MP apontou um desvio de R$ 6 milhões da Alerj, dos quais mais de R$ 2 milhões passaram pela conta bancária dele e são oriundos de outros ex-assessores de Flávio Bolsonaro.

Depois, o ex-assessor e a mulher, Márcia Aguiar, ficaram oito meses em prisão domiciliar. Ele ainda ficou um mês preso em Bangu, enquando a mulher passou um mês foragida até que a defesa obter um habeas corpus.