Apesar de um ciclo olímpico conturbado em 2016, a aposentadoria de pilares e a chegada de novas jogadoras, os resultados recentes da seleção brasileira de vôlei feminino mostravam que o time ainda estava no páreo. O vice-campeonato na Liga das Nações, último torneio disputado antes das Olimpíadas de Tóquio 2020, mostrava que o Brasil viria para incomodar, o que se concretizou dentro de quadra. Com uma campanha sólida, a seleção passou pela fase de grupos invicta, e conseguiu chegar à final do torneio pela terceira vez nas últimas quatro edições, sendo derrotada pelos Estados Unidos e levando para a casa a medalha de prata. Mesmo sem o ouro, a seleção conquistou um dos principais resultados do Brasil nas Olimpíadas e diversas atletas caíram nas graças do público. Uma delas é Rosamaria Montibeller, oposta de 27 anos que joga na Liga Italiana e que fez sua estreia em Jogos Olímpicos. Misturando grandes atuações em momentos decisivos com um jeito explosivo de comemorar, a catarinense ganhou o carinho da torcida e viu seu nome ser um dos assuntos mais comentados do Twitter durante os Jogos. Em entrevista à Jovem Pan, Rosamaria falou sobre a projeção que ganhou durante as Olimpíadas, os memes envolvendo suas jogadas e projetou os próximos passos de sua carreira em seu clube e na seleção brasileira.

Além de adiar a realização dos Jogos, a pandemia de Covid-19 também afetou os times dentro das quadras, impedindo a realização de partidas e de torneios pré-olímpicos, e dificultando o entrosamento entre as equipes. “Infelizmente, acho que a pandemia tirou um ano pré-olímpico, principalmente, quando as seleções não conseguiram se reunir, não conseguiram fazer os últimos testes. Foi difícil. Perdemos em ritmo de jogo. Mesmo tendo um campeonato antes das Olimpíadas, a Liga das Nações, tenho certeza de que ficou faltando alguma coisinha, e a gente poderia ter chegado melhor como time, como entrosamento. Isso, é claro, vale para todas as seleções”, disse Rosamaria.