O que é ideologia de gênero?

É uma corrente de pensamento que prega, entre outras coisas, que uma criança, ao nascer, não tem definição sexual. O aspecto biológico que faz a diferença entre menino e menina não tem “nenhum valor. À medida que a pessoa vai crescendo, ela vai escolher qual sexo quer assumir.

 

O que pretendem com este movimento?

Com a desculpa de combater a discriminação de mulheres e homos- sexuais, pretendem desconstruir a instituição familiar, modificando radicalmente os conceitos sobre pai e mãe, filhos, casamento, sentido religioso da vida familiar, e tudo mais que compõe os valores reais da família. Desconstruir todo o edifício da família no sentido cristão, desconstruir as idéias religiosas sobre sexo, família e sociedade.

 

Como pretendem impor isto à sociedade?

Através dos meios de comunicação, da mídia, da legislação, da escola e todos os outros meios possíveis.

 

Como seria a vida se esta ideologia prevalecesse?

Toda referência à definição de sexo seria eliminada. Por exemplo, não haveria mais banheiros públicos para homens separados dos banheiros das mulheres; não se poderia mais comemorar o dia das mães e o dia dos pais, etc. Na escola as crianças seriam ensinadas sobre variadas práticas sexuais a gosto dos educadores, desde que estes fossem favoráveis à ideologia de gênero. Os educadores estariam impedidos de ensinar a lei natural que define os seres humanos como homens e mulheres, As religiões seriam impedidas de ensinar o que é pecado contra a castidade e contra a fidelidade matrimonial. Os ensinamentos bíblicos sobre sexualidade seriam considerados ilegais. Toda e qualquer posição contrária à agenda de gênero seria facilmente considerada homofobia.

Quais os maiores perigos desta ideologia?

 

A construção de uma sociedade baseada na total permissividade sexual, considerando como valor o que hoje, em muitos casos, conhecemos como promiscuidade. A usurpação da autoridade dos pais, em matéria de educação dos filhos, passando-a para o Estado.

A partir da lógica da ideologia de gênero, como explica o jurista canônico P.Gervásio Queiroga, seria natural uma possível abertura para novos pseudo-direitos sexuais, como à pedofilia (sexo com crianças), à zoofilia (sexo com animais), ao incesto (sexo com pais, mães, irmãos) e até a necrofilia (sexo com cadáveres), pois todas estas são também tendências sexuais.

 

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

 

Fonte: Folha Missionária, Arquidiocese de Juiz de Fora, ano V, julho/2015, nº 56, p. 3.