A advocacia de Feira de Santana foi a escolhida pelo ex-presidente e candidato à presidência pela chapa OABpraValer, Dinailton Oliveira, para encerrar a maratona de visitas aos colegas do interior, na reta final da campanha para a eleição que acontecerá na quarta-feira (24). Além do corpo a corpo nos escritórios e no Fórum Desembargador Filinto Bastos, ele concedeu entrevistas a várias rádios do município, denunciando o caos em que se encontra a Justiça baiana. E se disse envergonhado com a postura omissa da diretoria da OAB, “que chegou ao cúmulo de exigir atestado de pobreza de advogados para conceder uma cesta básica de R$60 durante a pandemia”.

Emocionado com a receptividade dos colegas, Dinailton declarou: “Estou muito feliz por constatar que a categoria está entendendo o nosso propósito de voltar a gerir a nossa querida instituição, hoje tão cruelmente omissa, muda ao clamor das advogadas e advogados da capital e do interior”.

Dinailton intercalou as entrevistas às rádios Transbrasil, Subaé, Sociedade News, Princesa e Rádio Povo, com visitas a escritórios de advocacia, onde conversou sobre as dificuldades vivenciadas por eles, sobretudo neste momento de pandemia. E apresentou suas propostas de ação, com destaque para a luta pela melhoria da estrutura do Poder Judiciário, “para que os advogados possam sobreviver do seu exercício profissional, além da defesa da efetividade das prerrogativas”.

O candidato afirmou aos colegas que, ao contrário das candidaturas situacionistas, que “abusam do poder econômico e político para tentar mobilizar a categoria, realizando festinhas e inaugurando comitês em áreas nobres de salvador”, a sua está sendo pautada pela simplicidade, “como deveria ser, porque somos abnegados em querer a Ordem como instrumento de viabilidade da sobrevivência da maioria dos advogados”.

Inadimplênci

Aos apresentadores Carlos Geilson, da Rádio Transbrasil FM, e Denivaldo Costa e Juarez Fernandes, do programa Subaé Notícias, da Rádio Subaé AM, Dinailton, acompanhado pelo advogado Cláudio Guedes, afirmou  que vai lutar até o fim pelo direito dos advogados inadimplentes votarem na eleição da Ordem, pela excepcionalidade da situação, agravada pela pandemia. “A inadimplência, segundo a própria OAB, é de 72%, o que coloca em dúvida até mesmo a legitimidade do processo eleitoral”.

No programa Acorda Cidade, na Rádio Sociedade News FM, Dinailton enfatizou para o apresentador Dilton Coutinho que a Ordem precisa voltar a ser acolhedora, atenta às reais necessidades de toda a categoria. E alertou aos colegas para a importância de votar com consciência, comparando o discurso e a prática dos candidatos.

Na mesma emissora, no Programa da Manhã, o ex-presidente disse a Tanúrio Brito que sua gestão, de 2004 a 2006, ficou marcada pela coragem e disposição para o enfrentamento com o Judiciário, recordando a campanha Justiça pra Valer, que mobilizou a advocacia em todo o estado. “Aqui mesmo, na nossa Princesinha do Sertão, fizemos passeata até o fórum. E o convênio que conseguimos  entre os três poderes, com o aval do CNJ, só não foi concretizado porque a diretoria da Ordem que me sucedeu pediu o arquivamento, o que é inacreditável”.

Ainda na mesma rádio, no programa Linha Direta com o Povo, Dinailton, acompanhado pelos advogados José Gomes e Milton Santos, enfatizou que o caos no Judiciário é tão grave que nem os processos eletrônicos, que, em tese, deveriam ser mais céleres, estão andando com a agilidade necessária. Na mesma emissora, o candidato falou para os ouvintes do Jornal do Meio Dia, comandado por Jorge Bianchi. “Aqui em Feira eu me sinto em casa, pois tenho vários amigos e clientes”. A entrevista foi retransmitida pelo apresentador aos ouvintes da Rádio Princesa FM, no programa De Olho na Cidade.

Dinailton concedeu entrevista também ao programa Encontro da Tarde, na Rádio Povo, quando explicou ao radialista Wilson Passos que pretende reabrir as portas da Ordem para todos os advogados e para a sociedade, e oferecer cursos gratuitos, por meio da Escola Superior de Advocacia (ESA), com disciplinas não contempladas pelas grades curriculares das faculdades de direito.