Mais de cinco milhões de trabalhadores informais passaram a contribuir para a Previdência Social entre 2004 e 2014, aponta a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, divulgada nessa sexta-feira, que faz cruzamento de dados a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
São pessoas que ficaram à margem do aumento da formalização do mercado de trabalho na última década, mas que decidiram bancar com seus próprios recursos uma maior proteção trabalhista, como a possibilidade de receber auxílio-doença, licença-maternidade e aposentadoria. O aumento da renda e da conscientização ajuda a explicar esse fenômeno, apontam especialistas.
Em 2004, o número de empregados sem carteira de trabalho assinada, trabalhadores domésticos sem carteira e trabalhadores por conta própria contribuintes do INSS era de 4,605 milhões de pessoas e subiu para 9,843 milhões em 2014.
Na avaliação do professor do Instituto de Economia da UFRJ João Saboia, além do aumento da renda, o aumento da parcela dos contribuintes também pode ser explicado pelo maior nível de informação e conscientização dos trabalhadores.
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