Às vezes, nossos sonhos morrem e ainda assim continuamos presos a eles! O Dalai-Lama diz que “quando não conseguimos alguma coisa, na maioria das vezes, é um grande golpe de sorte.” Por que será que é tão difícil nos desapegarmos de alguém, de alguma situação, de algumas coisas?…

Quando não conseguimos desapegar, seja de coisas, de pessoas ou de situações, perdemos “a magia de acreditar na felicidade real” e deixamos de “entender que ela mora no caminho e não no final”, passamos tanto tempo preocupados com coisas tão desnecessárias, que esquecemos de apreciar o caminho e o caminho é o mais belo da vida!

Por que temos tanto medo de nos arriscarmos? Às vezes, sentimo-nos obrigados a continuar em alguns relacionamentos, sejam eles afetivos, amorosos, de amizade etc., mesmo quando eles já chegaram ao fim, isso ocorre, principalmente, porque acreditamos que devemos algo ao outro ou talvez por medo da solidão, por carência, por dependência afetiva, por acreditar que magoaremos o outro, mas essas situações tendem a se complicar e por vezes nos vemos em conflitos que poderiam ter sido facilmente evitados, se tivéssemos tido a coragem de desapegar.

Quando nos mantemos em relacionamentos, que já deveríamos ter soltado, geralmente, perdemos a chance de viver algo bem melhor, de conhecer alguém incrível, maravilhoso, de viver uma experiência fantástica, de arranjar um emprego mais interessante… Ouse se aventurar, ouse viver a vida de maneira intensa, ou como nos recomenda Bruna Lombardi “você pode me empurrar pro precipício/não me importo com isso/eu adoro voar.” Que tenhamos coragem de voar, que tenhamos coragem de permitir que a vida nos empurre pro precipício sempre!!!!

Também precisamos de gratidão, muita gratidão, a gratidão facilita que soltemos aquilo que precisamos soltar, porque “uma pessoa grata acredita o suficiente para dar à vida uma segunda chance, para estar aberto para surpresas.” Como poderemos dar uma segunda chance para a vida, se não desapegarmos do passado, das coisas, das pessoas, dos relacionamentos que já deveriam ter sido finalizados! Quando isso não acontece, também nos fechamos para as belas surpresas que a vida tem a nos oferecer, fechamo-nos para as infinitas possibilidades!

Vamos parar de insistir em coisas que já eram para terem terminado, pois insistir, na maioria das vezes, piora e pode até gerar sofrimentos desnecessários.

Vamos dançar no silêncio, vamos chorar no carnaval, afinal que graça teria “fazer como todo mundo faz.” Não se prenda a nada, não se prenda a ninguém, seja completo em si mesmo, seja feliz consigo mesmo, enfim, seja fiel, apenas, a si mesmo! Ouça seu coração, pois ele sempre será seu melhor guia!!!!!

Solte tudo, desapegue-se de tudo, desapegue-se de todos, tenha coragem de se desapegar de qualquer coisa ou de qualquer pessoa, porque se tiver que ser, não importa o tempo que leve, será! Ame-se muito, pois o Amor é a chave! O Amor é a resposta! O Amor cura tudo! O Amor transforma tudo! Não o amor romântico, mas o Amor universal, o amor por si mesmo!!!

Como diria Chico Xavier “tudo que é para ser seu, encontrará uma maneira de chegar até você”, ou se for o caso, encontrará uma maneira de retornar para você! Desapegar significa ser livre!

Tenha coragem de deixar ir: as coisas, o emprego, o passado, a vida antiga, o relacionamento, a amizade, seu antigo eu, liberte-se da necessidade de atender as expectativas da sociedade, preocupe-se em atender apenas os anseios da sua alma, os desejos do seu coração, aceite o novo, ouse, arrisque-se, abra-se para as infinitas possibilidades, porque quando estamos abertos para a mudança, o universo nos presenteia com surpresas maravilhosas!!!!!

Afinal, desapegar é uma arte, além do mais, “A poeira da explosão das falsas crenças pode dar um belo pôr-do-sol.”

 

  • Domingos Rodrigues é Advogado, OAB/BA 43.508, Consultor Jurídico, graduado pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz, Mediador Extrajudicial, pelo Resolve Instituto, Life Coach e Mentor, pelo Instituto Holos, Poeta, Pós-graduando em Consultoria e Gestão Cultural, ambos pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz, Membro da Comissão de Mediação, Arbitragem e Direito Sistêmico da OAB/BA – Subseção de Ilhéus, exercício 2019-2021 e colunista do site: www.jornaldoradialista.com.br

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