A chefe da central de vacinação de Duque de Caxias (RJ), Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, disse em depoimento à Polícia Federal que emprestou sua senha para o secretário de Governo do município, João Brecha. O objetivo era apagar os registros de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Aos investigadores da suposta fraude no sistema de vacinação, Rodrigues afirmou ter sido procurada pelo secretário, mas disse não ter recebido os CPFs dos excluídos sob a justificativa de não “envolvê-la em problemas, uma vez que se tratavam de pessoas relevantes e conhecidas”.

Rodrigues foi um dos alvos da operação Venire, que fez busca na residência de Bolsonaro e prendeu alguns de seus principais assessores, como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência da República.

As exclusões foram registradas em 27 de dezembro de 2022 e quando questionada sobre ter empresado a senha, Rodrigues afirmou não ter visto “qualquer má fé” no pedido do secretário e disse ter acreditado que as exclusões seriam “idôneas”.