Durante toda a programação do Online Festival de Dança Itacaré, que iniciou no último sábado (20) e segue até domingo (28), o público poderá conferir as imagens capturadas pelo fotógrafo Wilson Oliveira ao longo do processo de criação coletiva das sete danças filmadas que integram a edição digital do projeto.  A exposição está disponível em www.festivaldedancaitacare.com.br

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. O Festival é uma realização da Prefeitura de Itacaré e Casa Ver Arte.

As imagens traduzem a beleza e sensibilidade da transição do festival para o formato digital, por conta da pandemia, que proporcionou aos artistas e todos os envolvidos na produção novos olhares e experimentos para a expressão das suas criações artísticas. Na tarde de segunda-feira (22), Wil (como é carinhosamente chamado) fez uma palestra por videoconferência, comentando sobre as vivências pessoais e coletivas durante a produção das danças filmadas em diferentes paisagens de Itacaré.

Para o fotógrafo, esta foi uma realização diferente e impactante, sobretudo pela imensidão dos cenários a céu aberto – praias, cachoeira, fazenda de cacau e praça pública – e a oportunidade de interação mais estreita com os artistas e comunidade do Porto de Trás, quilombo urbano onde nasceu e se desenvolve há 12 anos a investigação artística do Festival de Dança Itacaré.

Assim, a exposição disponível ao público revela a criação das obras de arte produzidas e apresentadas longe do público, mas que nem por isso perderam força poética e representatividade. Pelo contrário, para dar conta da tarefa de “inventar e alinhavar” a temática proposta pelo festival – Fronteiras – tanto os artistas quanto as equipes técnicas de curadoria, filmagem, edição, fotografia e transmissão online criaram verdadeiras poesias de corpos dançando sob o céu de Itacaré, capturadas e eternizadas pelo olhar sensível e apurado de Wilson Oliveira. Confiram!

PROGRAMAÇÃO ATÉ DOMINGO (28/MAR)

Após as apresentações, haverá um bate-papo entre o público. A capacidade da cada sala é limitada em 250 participantes e toda a programação é gratuita. Ingressos e inscrições disponíveis em www.festivaldedancaitacare.com.br

 

20 a 28/mar | Livre

Exposição Dança Itacaré (Wilson Oliveira)

Durante todo o período do Online Festival de Dança Itacaré, o site do Festival abrigará a exposição das imagens produzidas por Wilson Oliveira. O fotógrafo carioca participou do processo de criação coletiva, que deu origem às danças filmadas, e apresentará ao público o seu olhar para as paisagens dançadas em Itacaré.

23/mar (terça)

20h | 60 min | 12 anos

Sala #Dançarinas – Mostra

Esta sala é dedicada às mulheres e suas danças: “Atravessamentos”, com Clécia Senna (Pojuca); “Me chame pra dançar na margem”, com Coletivo Trippé; “Quero Falar”, com Ana Brandão e Thiago Cohen (Salvador).

24/mar (quarta)

14h | 90 min | 16 anos

Oficina “Dança Documental”

Nesta oficina, Aldren Lincoln (Salvador) e Giltanei Amorim (Pojuca) discutirão alguns aspectos que caracterizam a dança documental: um tipo de enunciado que assume fatos e acontecimentos históricos como ignitores dos processos investigativos e criativos em dança. Para tanto, compartilharão, com os participantes da oficina, os caminhos percorridos para a elaboração do roteiro de “Grapiúna”, a dança filmada produzida no marco do Online Festival de Dança Itacaré.

20h | 60 min | 12 anos

Sala #Arquitetura – Mostra

As danças apresentadas nesta noite têm em comum uma estreita relação com a arquitetura dos lugares onde foram criadas: “Brevidades sobre o longo parto de si mesmo”, com Frederick Florencio (Itacaré); “Quero Falar”, com Ana Brandão e Thiago Cohen (Salvador) e “Grapiúna”, com Giltanei Amorim (Pojuca), Aldren Lincoln (Salvador) e Verusya Correia (Itacaré).

25/mar (quinta)

14h | 120 min | 16 anos

Oficina “Quero Falar: compartilhando o processo de criação”

Ana Brandão e Thiago Cohen (Salvador) iniciam uma coreografia que, no início da pandemia da COVID-19 é registrada em videoclipe. Esta pesquisa ganha uma extensão na criação da dança filmada “Quero Falar”. Com o público, vão compartilhar seus processos de uma longa parceria criativa.

20h | 60 min | Livre

Sala #Solos – Mostra

“Brevidades sobre o longo parto de si mesmo”, com Frederick Florencio (Itacaré); “Atravessamentos”, com Clécia Senna (Pojuca); e “Percurso Entrecruzas”, com Neemias Santana (Salvador) são danças que têm trabalhos com apenas um intérprete em cena e que dialogam com o chão como elemento fronteiriço. Após as apresentações, haverá um bate-papo entre o público. A capacidade da sala é limitada a 250 participantes.

Ingressos em www.festivaldedancaitacare.com.br

26/mar (sexta)

10h | 90 min | 16 anos

Oficina “SINUOSE – dança, fluidez e consciência”

Conduzida por Neemias Santana (Salvador), a aula se desenvolverá a partir de vários estímulos que vão se acumulando, em fluxo contínuo, a partir das potencialidades de cada corpo, dando ênfase às qualidades de fluência e peso do movimento.

20h | 60 min | 12 anos

Sala #Trajetos – Mostra

Nesta noite, as danças apresentadas têm os deslocamentos como elementos fronteiriços: “Vamos pra Costa?”, com Núcleo da Tribo (Itacaré); “Quero Falar”, com Ana Brandão e Thiago Cohen (Salvador); e “Percurso Entrecruzas”, com Neemias Santana (Salvador).

27/mar (sábado)

14h | 120 min | Livre

Palestra e lançamento do Livro PILATES & DANÇA

Verusya Correia, fundadora e diretora artística do Festival de Dança Itacaré, é também uma das profissionais pioneiras do Pilates no Brasil. Ao longo de décadas, desenvolveu uma metodologia de cuidados com o corpo que une princípios do Pilates à Dança. Em 2020, a pesquisa tomou forma de instasérie e agora foi reformulada como publicação. O lançamento terá a participação do dançarino-performer e Prof. Adjunto da UFCA Joubert Arrais.

20h | 60 min | 12 anos

Sala #Interiores – Mostra

Esta sala homenageia criadores de danças que são oriundos de outras cidades baianas do interior: “Atravessamentos”, com Clécia Santana (Pojuca); “Me chame pra dançar na margem” com Coletivo Trippé (Juazeiro); e “Grapiúna”, com Giltanei Amorim (Pojuca) com a colaboração de Aldren Lincoln e Verusya Correia.

28/mar (domingo)

20h | 120 min | 12 anos

Encontro “Entre as bordas do online e off-line”

Para concluir a programação do Online Festival de Dança Itacaré, equipe com seus múltiplos profissionais vai se reencontrar para dialogar sobre o processo de criação coletiva que possibilitou a realização das sete danças filmadas apresentadas. Um processo híbrido que teve fases de trabalho remotas e presenciais. Também será exibido o filme “Fronteiras” e a estreia do making of. Este encontro terá a participação da Profa. Dra. Fabiana Britto da Escola de Dança UFBA.