Depois de relatar suposto risco à sua vida no presídio da Papuda, em Brasília, o ex-deputado e ex-assessor do presidente Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, será transferido para a carceragem da Polícia Federal. A ordem partiu do ministro Edson Fachin, relator dos processos relacionados à Operação Patmos, que centraliza as revelações da delação premiada da JBS.

A defesa de Rocha Loures recorreu ao STF com pedido de prisão domiciliar e escolta policial para a família do político, alegando que, no dia 8 de junho, um “conhecido da família” teria afirmado a familiares que o ex-assessor estaria correndo risco de vida caso não concordasse em celebrar um acordo de delação premiada. Os advogados de Loures chegaram a insinuar que “setores da oposição” ou o próprio empresário Joesley Batista poderiam atentar contra a vida do ex-parlamentar.

Em seu despacho, Fachin afirmou que não existem elementos para comprovar as ameaças contra Rocha Loures, mas, por precaução, determinou a transferência do ex-político à carceragem da Polícia Federal.