Na entrevista coletiva desta quinta-feira, véspera da decisão contra a Colômbia, o técnico Luiz Felipe Scolari pareceu sempre pronto ao contra-ataque. Interrompeu algumas vezes os repórteres quando faziam as perguntas e, mesmo sem ser indagado sobre o assunto, antecipou-se e falou do encontro que teve durante a semana com um grupo de seis jornalistas que ele mesmo escolheu para bater papo.

“Tem alguns que são mais meus amigos… como em 2002, eu sentava com sete, oito ou dez… aqueles que não foram convidados é porque não gosto tanto”, explicou.

O técnico repreendeu quem tenha ficado chateado por não ter sido incluído na conversa:

“Não pode existir ciuminho de homem. Pelo amor de Deus, ciúme de homem não dá”, reclamou.

Indagado se tinha se arrependido de convocar apenas seis jornalistas para uma conversa, mais uma vez nem esperou o fim da pergunta e cortou:

“Não”.

Em seguida, completou:

“Vou fazer do meu jeito. Gostou, gostou. Não gostou, vai pro inferno”.

O assunto ainda seria abordado de novo, instantes depois. Um dos repórteres quis saber se algo mudaria no esquema de jogo da seleção depois da conversa dele com o grupo de jornalistas. De novo o recurso na resposta foi a ironia. Felipão disse que a conversa foi genérica, até sobre “bomba atômica”.

“A conversa que tive com os meus amigos não é sobre esquema ou quem vou colocar. É geral, sobre muitas coisas. A respeito da bomba atômica… falamos sobre tudo. Tem momento que você quer ouvir das outras pessoas algumas coisas que você pode analisar e que podem ser executadas. Mas não sobre nomes. Se eu fosse ouvir o time do A e do B, eu iria colocar 22. E tomara que me deixassem colocar 22 contra 11, seria bom para a gente”, disse o técnico.