O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou os avanços sociais alcançados por seu governo ao jornal inglês ‘The Guardian’, em entrevista publicada na última segunda-feira (4). O petista disse ainda que é possível uma candidatura nas próximas eleições presidenciais, mas tudo dependerá do seu partido. “Gostaria que outra pessoa concorresse. Eu saí com 87% de aprovação. Eu fui o melhor presidente da história do Brasil. É quase uma missão impossível tentar repetir esse desempenho. Eu teria que competir contra mim mesmo”, declarou Lula. O ex-presidente também criticou a condução da Operação Lava Jato, inclusive quanto ao papel da mídia na divulgação das informações. Segundo o petista, existe um “acordo” entre parte da mídia, de procuradores e da polícia para destruir sua imagem, numa tentativa de impedi-lo de concorrer em 2018. “Do jeito que está sendo feito, você fica com a impressão de que todo o dinheiro para o PT é sujo e que todo o dinheiro para o PSDB é limpo. Há a teoria de que o chefe deve saber ou de que nós somos culpados por incompetência (por não saber). Mas não há crime”, criticou Lula. O ex-presidente ainda disse à publicação, de acordo com O Globo, que está tranquilo em relação a processos decorrentes da Lava Jato. “Saberemos se as alegações são verdadeiras ou não”, disse. Lula ainda comentou o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e sugeriu que sua aliada diga o que acontecerá no Brasil se voltar à presidência. “Ela tem que dizer o que fará que será novo, como ela construirá novas relações políticas. Ela precisa dizer isso. Eu não posso. Ela tem que fazer as pessoas acreditarem”, acrescentou.