A fraude que envolve o diretor de planejamento e o chefe de manutenção da Empresa de Águas e Saneamento de Itabuna (Emasa), no Sul do Estado, foi de quase R$ 500 mil, segundo informações do Ministério Público da Bahia (MP-BA).

Eles foram presos no dia 30 de junho, suspeitos de desvio de dinheiro e de usar equipamentos da empresa em benefício próprio. Ambos estão no Conjunto Penal de Itabuna. A investigação do MP começou em março deste ano, após denúncia de uma funcionária da Emasa.

Segundo os promotores de Justiça, os funcionários descobriram uma fonte de água potável dentro da fazenda onde fica a estação de captação da Emasa, em Castelo Novo, distrito de Ilhéus, também no Sul da Bahia.

Carros-pipa – Conforme o MP-BA, a dupla montou uma estrutura artesanal de captação na mata fechada. Com tubos da Emasa, eles puxavam água até um tanque onde caminhões da empresa eram abastecidos. Os funcionários ainda fecharam o acesso da área e de usaram retroescavadeiras da empresa de água para abrir estradas de acesso até a fonte.

A investigação do Ministério Público também apontou que a água captada e transportada com equipamentos da Emasa era comercializada no bairro Parque Boa Vista. Por dia, cinco carros-pipa da empresa chegavam cada um com dez mil litros de água. Mil litros eram vendidos por R$ 80. Esse esquema durou cerca de 6 meses.

“O Ministério Público, ainda nesta semana, deflagrará a ação penal quando eles [os funcionários] serão processados pelo crime de peculato”, disse Inocêncio de Carvalho, promotor do Ministério Público. O prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, disse que abriu uma sindicância interna para apurar o caso.