O governador Jerônimo Rodrigues (PT) reuniu a base aliada na Assembleia Legislativa para um café da manhã nesta quarta-feira (03), na sede da Secretaria de Segurança Pública (CAB), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Na pauta, a apresentação do projeto de lei de reajuste do funcionalismo público estadual, que já foi enviado à Casa, os critérios para a distribuição de cargos de livre nomeação e de empresas terceirizadas no interior e a questão do pagamento das emendas impositivas dos parlamentares.

“Foi uma reunião produtiva. O governador e os secretários apresentaram o projeto de aumento salarial dos servidores públicos e ouviram os deputados, que estavam ansiosos por esse encontro, o primeiro após a posse de Jerônimo. Havia uma ansiedade natural, porque todos querem saber as diretrizes do governo, ainda mais no início”, disse o presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), ao Toda Bahia.

Sobre os cargos no interior, Jerônimo vai manter o mesmo critério adotado pelo antecessor, o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), privilegiando os aliados de primeira hora, ou seja, aqueles que apoiaram o petista desde o primeiro turno das eleições de 2022. Os deputados estaduais e partidos mais bem votados da base têm direito a fazer as primeiras escolhas nos espaços regionais e municipais, o que envolve as empresas terceirizadas que prestam serviços ao Estado. Dessa forma, os novos aliados do PP e de parte do PL e do Solidariedade terão uma participação menor.

Alguns deputados reivindicaram, na reunião, mudanças no critério do pagamento das emendas impositivas, que são destinadas pelos parlamentares para obras e ações nas bases eleitorais. Atualmente, 50% desses recursos precisam ser destinados para a área da saúde e 25% para a educação. Ao menos quatro deputados pediram que isso seja flexibilizado, o que será estudado pela Secretaria de Relações Institucionais.

Além disso, o governador demonstrou apoiou à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada na Assembleia pelo deputado Marquinho Viana (PV) que eleva o valor das emendas impositivas para, em dois anos, 1% da receita corrente líquida do estado – o percentual hoje é de 0,33%. O texto deve ser votado na próxima semana, por acordo entre governo e oposição.