Os pais de um menino de 9 anos conseguiram uma autorização da justiça do Mato Grosso para alterar o nome e o gênero do filho nos documentos. A ação estava correndo na justiça desde 2012.

A argumentação dos pais e do defensor público, que atuou em defesa da família era que a criança nasceu com anatomia física contrária à identidade sexual psíquica. Além disso, a criança já atende por um nome feminino, se veste como menina e se porta como tal.

Como pedido pela justiça, antes de ingressar no processo, a criança passou por acompanhamento médico, onde foi diagnosticada com transtorno de identidade sexual na infância.

“A sentença foi dada para garantir que a criança, assim como ela se vê na sua individualidade e na sua orientação feminina, ela seja respeitada e tratada da forma como é, pois, todas às vezes em que ela fosse se apresentar oficialmente com documento sofreria discriminação e até rejeição. Seria uma pessoa totalmente feminina com nome masculino, o que sempre geraria constrangimento à ela”, disse o juiz Anderson Candiotto.