O Tribunal Regional Federal da 3ª Região determinou na terça-feira (7) que o juiz da 6ª Vara Federal Cível de São Paulo julgue o pedido para suspender os benefícios concedidos ao presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A solicitação faz parte de uma ação popular movida em maio contra o ato da Câmara que concedeu os benefícios ao peemedebista mesmo após ele ser afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal.

No dia 20 de maio, o juiz do caso declinou da competência e determinou que a ação fosse encaminhada para Brasília. Mas a partir do recurso do advogado Ricardo Nacle, autor da ação popular, o TRF acabou determinando que a análise do pedido volte para o juiz de São Paulo julgar. Com isso, o peemedebista, que está com o futuro indefinido no Conselho de Ética da Câmara, também pode vir a perder suas regalias.

Atualmente, Cunha está com o mandato suspenso devido a uma histórica decisão do Supremo no começo do mês que determinou a perda de seu cargo, mas ainda assim, graças a seus aliados, ele tem direito de continuar na residência oficial da Presidência da Câmara, aos seguranças da Casa, a carro oficial e avião da FAB e até assistência médica.