A mãe do menino Guilherme Oliveira Yokoshirio, 5 anos, Carla Verena Oliveira, disse à polícia, nesta quarta-feira, 25, que a morte do filho foi uma fatalidade. Ela também não culpa o marido pelo ocorrido. O menino morreu ao cair do 6º andar de um prédio em Brotas, na terça-feira, 24. Carla Verena, no entanto, disse que não sabia da saída de Rafael na madrugada em que ocorreu a morte de Guilherme.
Rafael Yokoshirio, pai do menino, também foi à delegacia nesta tarde, mas não falou com a polícia. Segundo a delegada Maria Dail, titular da 6ª Delegacia (Brotas) ele não tinha condições de falar. O engenheiro deverá ser ouvido na segunda-feira, 30.

Na manhã desta quarta, a polícia retirou a tela de proteção da janela do quarto do casal durante uma segunda perícia no prédio. O objetivo é fazer um teste de resistência, para saber se a tela se rompeu com o peso da criança ou por ter sido cortada. Uma tesoura foi encontrada no quarto de Guilherme e encaminhada para perícia.
Maria Dail ainda afirmou que não há dúvida de que o menino estava sozinho no momento do acidente. Ela diz que essa hipótese é reforçada pela reação de desespero do pai, o engenheiro de produção Rafael Yokoshiro, registrada pela câmera de segurança do elevador após perceber que o filho tinha caído.

Nas imagens de segurança do prédio, Rafael não aparece mancando ou demonstrando que está sentindo dores na perna ou no pé. A delegada diz que o engenheiro de produção terá que provar onde esteve.
Caso seja comprovado que foi acidente, Rafael pode ser indiciado por crime de abandono de incapaz, com agravante da morte da criança e dele ter sido deixado sozinho por um familiar, no caso, o pai. A pena varia de prisão de 4 a 12 anos.

O Caso

Guilherme Oliveira caiu da janela de um quarto no 6º andar do prédio onde mora com os pais na rua Ariston Bertino de Carvalho, por volta das 3h30. Segundo os familiares, a criança estava em casa com o pai, o engenheiro de produção Rafael Yokoshiro, mas este teria deixado o apartamento para ir a uma emergência médica, segundo versão informada pelo tio da criança. A mãe do garoto, Carla Verena Oliveira, é enfermeira e estava de plantão quando o filho morreu.