A última etapa dos Encontros Regionais preparatórios para o I Fórum Social da UFSB começou hoje no Centro de Convenções de Porto Seguro. Com o auditório lotado e contando com mais de 1000 inscritos, o evento foi iniciado com duas atividades culturais locais: As Nagô (Belmonte) e a apresentação dos jovens da Aldeia Nova Coroa (Pataxó).

 

O início se deu com um breve discurso do pró-reitor de Sustentabilidade e Integração Social, Joel Pereira, sobre o Fórum Social. O reitor Naomar Almeida falou logo em seguida e frisou uma das metas da UFSB: a inclusão social. Disse que a universidade tem autonomia para encontrar suas próprias verdades e que acredita que ensino, pesquisa e extensão são o tripé essencial para a construção da Instituição. Ponderou, no entanto, o significado da palavra “extensão” que, para ele, significa se estender até a população: “Isso implica que estamos trazendo para compor a universidade, segmentos sociais e instituições que são essenciais para que a nossa universidade possa cumprir uma participação verdadeira na sociedade”

 

Após o reitor, a Secretária de Educação, Terezinha Farias, ressaltou que a prefeitura de Porto Seguro pretende ampliar ainda mais a parceria com a universidade.  Considerou de grande valia a vinda de uma instituição tão aberta para a sociedade, como a UFSB. Em seguida, Carlos Caique, da União Municipal dos estudantes secundaristas de Cabrália, veio com grande entusiasmo e ressaltou a importância de os alunos do ensino médio estarem participando desse momento de diálogo e disse: “Afinal, quem estará depois, aqui, somos nós”.

 

Vilma Matos, representando os povos indígenas de Porto Seguro, disse que o fórum é um momento único de integração e que os segmentos estão ansiosos para expor todas suas demandas específicas. Segundo ela, é necessário evoluir sem perder a cultura dos povos indígenas. Marcos Rangel, representante da Neojibá, falou em primeira mão sobre as ações que pretende fazer juntamente com a UFSB: implantar nos Colégios Universitários para os estudantes de ensino integral, atividades culturais e, uma delas, seria a música “ A arte, em geral, tem o poder de humanizar o indivíduo”, disse ele, e completou: “ não há ninguém que saiba tão pouco que não possa ensinar, e, não há ninguém que saiba tanto, que não possa aprender”.

 

Maria Jacilda, representante da UNEB, diz que a parceria UNEB-UFBS foi concretizada ao perceber que um dos pontos centrais da proposta da UFSB era “ honrar os que precederam”, não deixando assim de reconhecer aqueles que estiveram presentes enquanto a UFSB esteve ausente. Declarou que a iniciativa é inovadora e veio para somar.

 

Por fim, Nájla Maria, representante da UEB, ressaltou que a sociedade avançou muito nos últimos anos, mas que ainda há muito a ser feito. Que não se pode deixar que a universidade forme apenas profissionais, mas que os humanize.

 

Agora pela tarde, houveram diversas atividades culturais: apresentação do Coral Loucos por Amor, do Caps de Cabrália; Grupo de Dança África Distante, do Colégio Cristina Batista; e o Grupo Musicart. Às 17 horas, teremos audiências públicas com os temas: Cursos de segundo e terceiro ciclo da UFSB; Adoção do Nome Social da UFSB; Projeto Arquitetônico e Urbanístico do Campus Jorge Amado/Itabuna; Programa Interdisciplinar de Formação de Professores para a Educação Básica; e Café Digital: encontro aberto para conversas sobre tecnologias digitais para a educação e comunicação.

 

Amanhã, as atividades se iniciam às 9 horas com conferências diálogo sobre Ambiente terrestre: florestas, diversidade e impactos; Ambiente Marinho: conservação, extrativismo e impactos; Rios: saneamento e gestão de bacias hidrográficas; e Saúde, habitação, educação, mobilidade e segurança. E será dada continuidade ás atividades da tarde de hoje.