Olhos vermelhos e lacrimejantes, inchaço nas pálpebras, sensibilidade à luz, visão embaçada e borrada. Esses são os principais sintomas da conjuntivite viral, doença altamente contagiosa que se prolifera principalmente no Verão. “O calor e a umidade do ar favorecem a disseminação do vírus, podendo causar uma epidemia, principalmente em locais com grandes aglomerações”, esclarece o oftalmologista Antônio Nogueira, diretor do Cenoe Hospital de Olhos.

A conjuntivite nada mais é do que a inflamação da conjuntiva, uma fina e transparente membrana que cobre a parte externa do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Diferentemente da conjuntivite bacteriana, a espécie causada por vírus não tem um tratamento específico. “Qualquer que seja o caso, porém, é fundamental lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico comprado em farmácias ou distribuído nos postos de saúde”, ensina o médico. Para evitar o contágio, são necessários cuidados especiais com a higiene, como lavar as mãos e o rosto com frequência e ainda evitar locais com grandes aglomerações, como piscinas de clubes, por exemplo. “As medidas higiênicas ajudam a controlar tanto o contágio quanto a evolução da doença”, adverte Antônio. A infecção costuma afetar os dois olhos e dura aproximadamente uma semana. Nesse período, é importante que o paciente fique em casa e troque fronhas e toalhas diariamente.

Ao sinal dos primeiros sintomas de conjuntivite, as pessoas devem consultar um médico. Apenas o oftalmologista pode diagnosticar o tipo da doença e conduzir o paciente ao tratamento adequado. A conjuntivite viral não costuma deixar sequelas.