Mesmo com uma recessão cada vez mais profunda no radar, os analistas do mercado financeiro preveem inflação no teto da meta no ano que vem. De acordo com a pesquisa semanal que o Banco Central faz com as principais instituições financeiras do país, a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,8% para 6%: exatamente o limite máximo estipulado pela equipe econômica para 2017.

No ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve o objetivo do BC em 4,5% para o ano que vem, mas diminuiu a margem de tolerância de dois pontos percentuais para 1,5 ponto percentual.

Essa foi a quarta alta seguida da estimativa. Para este ano, os especialistas também revisaram para cima, pela sexta vez consecutiva, a expectativa. A aposta passou de 7,26% para 7,56%: acima do teto da meta deste ano de 6,5%.

Na esteira dos problemas brasileiros e do recrudescimento das turbulências nos mercados internacionais, os economistas pioraram as perspectivas tanto para este ano quanto para 2017. A ideia é de uma recessão mais profunda neste ano. A perspectiva passou de uma retração de 3,01% para 3,21%.