Para enfrentar a forte concorrência de Divertida Mente, o cineasta brasileiro Alê Abreu recorreu ao financiamento coletivo para ajudar a divulgar “O Menino e o Mundo”, que concorre ao Oscar de melhor animação.

Isso porque os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográfica são bombardeados com anúncios “para sua consideração” em sites especializados, sessões exclusivas e bugigangas dos filmes em disputa. Mimos, estes, que custam (muito dinheiro), dando vantagem aos americanos, cuja superioridade orçamentária é de quase R$ 700 milhões.

“Foi pensando nisso que a GKids, nossa distribuidora nos EUA, pediu um aporte do Brasil, para ajudar a campanha do filme, de R$ 400 mil no mínimo”, explica Maju Iudice, coordenadora do projeto de crowdfunding que busca dar novo fôlego ao representante nacional.

A inciativa partiu de Alê para completar os R$ 300 mil arrecadados com a Spcine e atender a exigência da distribuidora estrangeira. “Eles usarão o dinheiro que arrecadarmos para anunciar em publicações do setor, promover mais sessões para os votantes e cobrir os custos do envio de DVDs”, lista Maju.

Tudo para garantir que “Menino” não passe em branco na memória dos membros da Academia. “Isso permite cobrir todos os custos das recompensas e ainda ajudar a GKids a reforçar a campanha”, argumenta Maju. “Esperamos que o filme também encontre novos públicos com o sucesso da iniciativa.”